Crime

Defesa orientou Bruno a não ceder DNA, diz delegado

O goleiro Bruno Fernandes Souza, seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, também conhecido por Bola, foram orientados por seus advogados a não ceder o material genético para as investigações. A informação foi repassada na manhã de hoje pelo delegado Edson Moreira, um dos responsáveis pelo caso, em entrevista coletiva.

Os três são suspeitos de participação no desaparecimento da modelo Eliza Samudio, de 25 anos, que está desaparecida desde o início de junho e já é considerada morta pela polícia. Por volta das 11 horas, o trio chegou algemado e com o uniforme vermelho do sistema prisional mineiro no Departamento de Investigações em Belo Horizonte, onde o delegado pretendia ouvi-los. Eles passaram a noite no presídio de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem.

Ainda durante a coletiva, Moreira afirmou que não há data definida para o depoimento de Bruno. “Devido ao tumulto de ontem resolvemos não entrevistá-lo. Temos agora 30 dias, a contar da prisão”, afirmou. Ele disse ainda que trabalha com duas motivações para o crime: a busca de Eliza pelo reconhecimento da paternidade do filho por Bruno e a vingança pelo fato de Eliza ter denunciado o goleiro e Macarrão por agressão e ameaça.

Moreira contou também que espera que Bruno coopere com a investigação, mas sugeriu que a polícia já tem provas suficientes para indiciá-lo. “Não sei se ele vai cooperar ou não. Mas também para a investigação, isso é irrelevante.” Na entrevista, o delegado ainda apresentou o laptop utilizado por Eliza, cujas mensagens eletrônicas, imagens e outros conteúdos serão periciados pela Polícia Civil durante o inquérito.

No final da noite de ontem, os advogados de Bola, Roberto de Assis Nogueira e Bernardo Diogo Vasconcelos, abandonaram o caso alegando motivos pessoais e econômicos.