Confusão no enterro entra para o folclore

Salvador – Ao identificar um corpo de rosto desfigurado como se fosse o filho desaparecido e fazer o sepultamento, o agricultor Raimundo Ribeiro Borges do município de São Gonçalo dos Campos, a 110 quilômetros de Salvador, entrou para o folclore da crônica policial baiana. O filho do agricultor estava vivo e havia sumido para namorar. Para completar, a polícia prendeu um agente funerário, que após o erro ser comunicado, tentou desenterrar o caixão para vender a peça novamente.

Borges procurava há três dias o filho Juscelino da Silva, de 21 anos, que sumiu de casa. No necrotério da vizinha cidade de Feira de Santana ele identificou como sendo do filho o corpo de um desconhecido, morto com uma pedrada na cabeça, que lhe desfigurou as feições. O agricultou assinou toda a papelada no Instituto Médico Legal para a liberação do corpo. O enterro foi quinta-feira, no cemitério de São Gonçalo dos Campos.

Quando Borges, familiares e amigos voltaram para casa encontraram Juscelino, que reclamou por não achar ninguém na residência. Depois do caso esclarecido, o agricultor Borges comunicou à polícia de Feira de Santana que cometera o engano. Mas, a polícia já havia detido três suspeitos de ter assassinado a vítima confundida com Juscelino. Fábio Silva, Josevaldo de Jesus e Jorge Santos confessaram o crime, mas disseram que não conheciam o morto. Resolveram assassinar o homem pois ele, junto com alguns amigos, havia espancado os três há algum tempo.

Mais confusão

O caso parecia quase encerrado, mas o agente funerário Marcolino Miranda, (acompanhado dos coveiros José Silva e Roberto Cavasa) quis lucrar com o episódio. O trio foi ao cemitério de São Gonçalo dos Campos. Eles disseram na administração que precisavam levar o cadáver do desconhecido de volta para o Instituto Médico Legal de Feira de Santana. A idéia de Miranda era limpar o caixão, para vendê-lo novamente.

O trio foi flagrado e preso.

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