Vídeo Legal

Concurso sobre pirataria de produtos premia estudantes

Estudantes dos centros interescolares de Línguas (CILs) do Distrito Federal (DF) foram premiados hoje (06) no concurso Vídeo Legal, que promove, entre alunos da rede pública de ensino do país, a discussão sobre a pirataria de produtos.

Em Brasília, o concurso é promovido pela Câmara Americana de Comércio (AmCham), em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos e a Secretaria de Educação do DF. Realizado desde 2012 em São Paulo, ele faz parte do Projeto Escola Legal da AmCham e é organizado também pelo Consulado dos Estados Unidos em São Paulo e o Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos.

Segundo Bruno Boldrin Bezerra, coordenador do concurso, o combate à pirataria no Brasil tem vertentes econômica, repressiva e educativa. “Trabalhamos a vertente educativa no sentido de prevenir, de conscientizar esses jovens no momento da compra. Que procurem se informar para que optem por um produto que seja legalizado, paguem os impostos e não usem um produto falsificado, produzido fora do controle das autoridades e sem recolher nenhum imposto para o país”, disse Bezerra.

Participaram do concurso no DF 140 alunos de oito CILs. Os cinco vídeos finalistas foram exibidos na cerimônia de premiação no Cine Brasília. Os vídeos que ficaram em segundo e terceiro lugares foram produzidos por estudantes do CIL de Taguatinga, que receberam troféus e medalhas. O grupo vencedor, do CIL de Brasília, ainda ganhará uma viagem a São Paulo para conhecer o Centro de Tecnologia da Microsoft.

O vídeo vencedor, Cuidado, Óculos Pirata, falou sobre os problemas de visão que podem acometer alguém que compra produtos sem certificação. “Foi muito tranquilo e divertido fazer o vídeo, mas sem a união do grupo não teríamos ganhado”, disse Marcos Paulo Rodrigues, de 13 anos.

Em 2013, o Projeto Escola Legal recebeu o Prêmio Nacional de Combate à Pirataria do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos Contra a Propriedade Intelectual, do Ministério da Justiça.

Para a embaixadora dos Estados Unidos, Liliana Ayalde, as inovações e a garantia de direitos de propriedade intelectual são a base da economia mundial. “A criação de ambientes de inovação e a proteção das ideias é uma prioridade para os governos, pois cria empregos e ajuda a crescer a economia nos Estados Unidos e no Brasil”.

Segundo a AmCham, um levantamento do Fórum Nacional de Combate à Pirataria com 13 associados diz que óculos e cigarros estão entre os produtos mais pirateados, além de softwares, perfumes e videogames, conforme dados de 2012. O mercado ilegal no Brasil chega a movimentar mais de R$ 24 bilhões, segundo o estudo. Com isso, o governo deixou de arrecadar R$ 7 bilhões.