Complicada a situação dos três senadores

Seis depoimentos ontem ao Conselho de Ética do Senado agravaram a situação dos senadores Magno Malta (PL-ES), Ney Suassuna (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT), que são acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. A maioria dos depoentes apontou a participação dos parlamentares no esquema dos sanguessugas e desmentiu versões dadas pelos acusados para se defender. Os depoimentos também foram marcados por contradições.

Para tentar pôr um ponto final nos depoimentos contraditórios, o conselho marcou para a próxima terça-feira uma acareação entre os empresários Darci Vedoin, Luiz Antonio Trevisan Vedoin, Paulo Roberto Ribeiro (genro da senadora Serys) e Ivo Marcelo Spínola da Rosa (genro de Darci). A idéia é confrontar as versões da família Vedoin, donos da Planam, principal empresa do esquema, com o depoimento de Paulo Roberto e Spínola. O genro de Serys garantiu que recebeu um cheque no valor de R$ 37,2 mil de Spínola pela venda de equipamentos hospitalares para a Planam. Spínola disse, no entanto, que não se lembra do cheque. Afirmou ainda ter presenciado o pagamento de R$ 35 mil para Paulo Roberto por Luiz Vedoin. ?Tem muita gente mentindo e é preciso ouvir mais pessoas e buscar mais documentos para chegarmos à verdade?, entende o senador Paulo Octávio (PFL-DF), relator do caso de Serys no conselho, que propôs a acareação dos quatro envolvidos no escândalo das ambulâncias. Também houve contradições nos depoimentos dados por Maria da Penha Lino, considerada pela Polícia Federal como braço da quadrilha no Executivo, e Marilane Cavalcanti de Albuquerque, assessora parlamentar do Ministério da Saúde. Depois de garantir não ter envolvimento com o esquema e chorar duas vezes, Maria da Penha disse que foi ?usada pela família Vedoin?. 

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