Chávez e Lula visitam canteiro de obras de refinaria em Pernambuco

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita ao canteiro de obras da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Portuário de Suape, em Pernambuco. A visita, no entanto, não significa que a Petrobras e a petrolífera venezuelano PDVSA tenham finalmente chegado a um acordo quanto à operação conjunta do empreendimento. Por enquanto, a parceria não passa de intenção. 

O gerente-geral da refinaria, Ricardo Barreto, informou que a constituição de uma empresa mista ainda está em fase de estudos técnicos e as negociações dependem de acerto bilateral para a exploração de Carabobo 1, na Faixa do Orinoco.

?Continuamos em estudos, junto com a Venezuela, na formação de uma parceria para a refinaria aqui no Brasil e para a produção de petróleo na Venezuela. A princípio, nenhum acordo vai ser firmado?, disse o gerente-geral da refinaria.

Em dezembro passado, durante visita do presidente Lula a Caracas, Petrobras e PDVSA anunciaram acordo quanto à participação acionária na Refinaria Abreu e Lima ? 60% da empresa brasileira e 40% da petrolífera venezuelana. Mas a parceria, efetivamente, não foi formalizada, esclarece o gerente-geral da refinaria.

Em setembro de 2007, diante do impasse entre os acionistas, a Petrobras decidiu começar sozinha as obras da refinaria e deu início à terraplanagem da área doada pelo governo de Pernambuco. Em dezembro, Lula e Chávez tentaram impulsionar a joint venture, mas o máximo que conseguiram foi a definição da participação acionária da futura parceria, caso venha a se concretizar.

A Petrobras, segundo Ricardo Barreto, está disposta a continuar sozinha no projeto de cerca de US$ 4,05 bilhões, com previsão de início das operações no segundo semestre de 2010. 

?Em termos financeiros, é sempre bom poder dividir o investimento, mas não é fundamental. A Petrobras não requer, necessariamente, um sócio para conduzir essa refinaria?, afirma Barreto, frisando que a Abreu e Lima sempre esteve no planejamento estratégico da Petrobras pois havia necessidade de uma nova refinaria no Nordeste.

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