Brasília – O líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), afirmou que a intervenção direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações em torno da prorrogação por mais quatro anos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) está sendo fundamental para que sejam conquistados os 49 votos necessários para aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) no Senado.
"O governo começou a jogar agora. Estamos a 15 minutos do final do jogo, mas há tempo para virar o placar", afirmou Casagrande. Ele reconhece que, se a votação fosse hoje, o governo perderia os R$ 40 bilhões de arrecadação do tributo previstos para 2008.
Casagrande destacou o fato de a equipe econômica ter reaberto o processo de negociação. Com isso, a seu ver, foram obtidas três reivindicações de parlamentares da base aliada e da oposição que podem ajudar na votação da PEC em Plenário: a redução progressiva da alíquota da CPMF, a retirada de recursos da educação no cálculo da Desvinculação das Receitas da União (DRU) e mais recursos para a saúde por meio da regulamentação da Emenda 29.
Para o líder do PSB o importante, agora, é manter abertas as negociações para tentar atrair parte da bancada do PSDB. Nesse contexto, Casagrande considera também inoportuna qualquer conversa que trate da possibilidade de aumentar impostos caso a PEC seja rejeitada. "Isso não ajuda nas discussões", afirmou.