Câmara deixa de votar por falta de acordo

A falta de acordo entre integrantes do governo e da bancada ruralista impediu que ocorresse a votação no plenário da Câmara da medida provisória do Código Florestal. A votação estava na pauta de hoje.

Na análise de governistas e ruralistas, não haverá mais tempo de votar a MP, que perde validade no próximo dia 8 de outubro. Depois de passar pela Câmara, a proposta seguiria para o Senado e, em caso de mudanças no texto, retornaria para a Câmara.

Diante dessa gincana regimental, é consenso entre os parlamentares que a MP vai “caducar”.

Ao longo do dia foram feitas várias reuniões, mas não se chegou a um consenso. De um lado, o governo insistiu em que não aceitaria a votação do texto que foi aprovado na semana passada na Comissão Mista do Congresso.

Na ocasião, a bancada ruralista conseguiu aprovar, por unanimidade, um artigo na Comissão Mista do Congresso que reduz o tamanho da área de recomposição de áreas desmatadas ilegalmente na beira dos rios.

De outro lado, os ruralistas alegam que foi feito um acordo para a votação e exigiram uma sinalização de que o novo texto não seria vetado pela presidente Dilma Rousseff.

O sinal não veio e diante da resistência do governo, a estratégia foi a de esvaziar o plenário da Câmara. No momento da votação da proposta, apenas 171 registraram presença, sendo que o mínimo necessário é de 257.

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