Caçada ao matador do segurança de Alckmin

São Paulo

– A polícia iniciou na madrugada de ontem uma grande caçada para identificar e prender os homens que atacaram a escolta de Thomaz, de 19 anos, filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Favelas e bairros distantes estão sendo percorridos na tentativa de encontrar o Peugeot prata utilizado na fuga pelos assassinos. Os policiais têm uma orientação: preservar o carro prata para que a perícia possa encontrar impressões digitais.

Estão empenhados na captura os policiais dos Departamentos de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), Polícia Judiciária da Capital (Decap) e Investigações sobre Narcóticos (Denarc). Ontem, policiais percorreram os desmanches das zonas sul e leste, tentando encontrar o carro. Um perito esteve no Hospital São Paulo conversando com o soldado Adoniran Francisco dos Santos Júnior e preparou o retrato falado de um dos assassinos, que não será divulgado.

A polícia ainda tem dúvidas sobre se ocorreu uma tentativa de assalto ou de seqüestro. A Secretaria da Segurança afasta qualquer hipótese de atentado contra o filho do governador. Delegados disseram que Thomaz estava com a namorada na parte de recreação do prédio onde mora a moça, na Vila Mariana, enquanto os policiais militares da escolta eram atacados a tiros.

Thomaz disse que estava dentro do prédio quando ouviu os tiros. Saiu, viu a escolta ferida, pediu ajuda e acompanhou os feridos ao hospital num carro da PM que chegou pouco depois da fuga dos assassinos.

Reação

O soldado Adoniran conversou com policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e com oficiais. Explicou que foram surpreendidos pelos bandidos. Ele e o colega que morreu no hospital estavam conversando dentro do Vectra, quando um rapaz encostou no carro, do lado do passageiro, e anunciou um assalto.

Os PMs não tiveram tempo de reagir. Os tiros foram dos dois lados. Atingido na região cervical, Adoniran olhou para o lado e viu o soldado Diógenes Barbosa de Paiva, de 38 anos, ferido no peito e perdendo sangue. Saiu do carro e pediu ajuda. Insistiu na portaria do prédio da namorada de Thomaz para que chamassem o Resgate da Polícia Militar.

Adoniran estava com o revólver na mão direita e viu a chegada de dois policiais militares num carro da PM. Os soldados não sabiam que se tratava de um policial, pois ele estava à paisana. Quando os soldados abriram a porta, Paiva caiu no chão. Os dois PMs colocaram os colegas no carro e foram para o Hospital São Paulo. Thomaz os acompanhou, tentando reanimar Paiva.

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