Brasileiros ficam presos em trem na cordilheira dos Andes

Um trem turístico com cerca de 400 passageiros ficou preso no meio da cordilheira dos Andes, em San Antonio de los Cobres, à noroeste da cidade de Salta, na Argentina, na noite de ontem.

Dois dos passageiros, o médico brasileiro Valdecir de Jesus Machado, 49, e sua mulher, Rosemary Müller Machado, 52, conseguiram ligar para seu filho em Jundiaí na noite de ontem relatando o problema. Segundo eles, havia outros dez brasileiros no trem.

Segundo o estudante Pedro Müller, 22, filho do casal, seus pais disseram, às 22h30, que já estavam há quatro horas presos após o trem turístico em que estavam quebrar no meio da neve, a 3.774 metros de altitude.

A reportagem não conseguiu contato com a empresa que faz o passeio, a Tren a las nubes. Em sua página oficial no Facebook, no entanto, a companhia disse ter havido um problema técnico na locomotiva do trem e que o plano de emergência foi acionado. Segundo o comunicado, dez ônibus estão levando os passageiros de volta à cidade de Salta.

Os pais de Pedro disseram que havia outros dez brasileiros no trem turístico, que vai da cidade de Salta, no noroeste argentino, até o viaduto de La Polvorilla, na cordilheira dos Andres, a 4.220 metros de altitude. Eles relataram ter acabado o oxigênio dos tubos de emergência, assim como água e comida.

A reportagem não conseguiu contato com Valdecir e Rosemary Machado.

O universitário tentou entrar em contato com o Itamaraty na noite de ontem, sem sucesso. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério de Relações Exteriores, que não tinha conhecimento do assunto até o contato da reportagem, o procedimento correto seria entrar em contato também com as embaixadas do Brasil em Córdoba e Buenos Aires, para notificar o ocorrido.

O Itamaraty ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Segundo o jornal argentino “Clarín”, o governo da província de Salta disse que vai pedir informações à empresa responsável, “para determinar as responsabilidades do caso”.

Mais de 400 passageiros passaram seis horas parados, segundo o “Clarín”. O trem já havia apresentado problema em Diego Almagro, a 3.503 metros da altitude, um dos locais pelo qual a locomotiva passa.

Segundo relatou uma passageira ao jornal “El Tribuno”, eles ficaram três horas parados até que a locomotiva fosse trocada e a viagem continuasse. Na volta do viaduto La Polvorilla, o trem apresentou problema na estação San Antonio de los Cobres, a 3.774 metros de altitude.

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