Avaliação do presidente estável

Brasília – A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve-se estável em dezembro, mostrou ontem uma pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A avaliação positiva oscilou de 41,6% em outubro para 41% em dezembro, enquanto a negativa passou de 12,3% para 12,9%. A avaliação regular variou de 42,3% para 41,9% este mês.

Todas as variações estão dentro da margem de erro da pesquisa. Na faixa até 10% e acima de 90%, a margem é de 1 ponto percentual, de 10 a 30% e de 70 a 90%, ela é de 2 pontos, e de 30 a 70%, a margem é de 3 pontos.

O desempenho pessoal do presidente Lula também permaneceu estável, registrando aprovação de 69,9% dos entrevistados, em comparação aos 70,6% em outubro.

Política externa

As viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao exterior estão sendo bem avaliadas pelos brasileiros. Para 52,5% dos dois mil entrevistados, as viagens são importantes e produtivas contra 30,6% dos que as consideram improdutivas.

Na avaliação dos entrevistados, as viagens resultam no aumento da influência do Brasil no mundo. Para 52,4%, a influência é maior hoje do que na época do governo Fernando Henrique Cardoso, enquanto 16,5% pensam o contrário.

Outra frente de política externa do governo Lula, o Mercosul, também foi avaliada pela pesquisa: 30,3% das pessoas ouvidas têm conhecimento sobre o Mercosul e, desse total, 83,8% acreditam que o bloco econômico seja importante para o Brasil. Já 82,5% do mesmo grupo pesquisado acham que o Mercosul vai ajudar o crescimento econômico brasileiro.

O Instituto Sensus entrevistou duas mil pessoas entre os dias 2 e 4 de dezembro em 195 municípios das cinco regiões brasileiras.

Redução da maioridade é aprovada

Brasília

– A pesquisa da CNT/Sensus divulgada ontem mostra também que 88,1% da população é favorável à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Apenas 9,3% disseram ser contra. O levantamento também questionou as pessoas sobre a intensidade da violência durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo 45,1% dos entrevistados, a violência aumentou no atual governo. Para 43,3% a violência permaneceu como estava antes do governo Lula. Já para 9,1% houve uma diminuição nos índices de violência.

A pesquisa também quis saber se o entrevistado teria parente ou conhecido vítima de assalto, sequestro, roubo ou agressão física no último ano. Foi revelado que 31,8% dos entrevistados disseram ter familiares vítimas de violência e 19,1% afirmaram terem amigos ou conhecidos que já sofreram algum dos casos citados. Já 48,7% disseram não ter família ou conhecido que sofreram algum tipo de violência.

Outra pergunta feita foi em relação à opinião das pessoas sobre a ação da polícia. De acordo com o estudo, 43,5% disseram que as ações contra o crime organizado estão sendo eficazes. Entretanto, a maioria, 48,3% afirmou que as ações da polícia são ineficazes.

O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 4 de dezembro, com 2 mil pessoas em 195 cidades. A margem de erro varia de um a três pontos percentuais para cima ou para baixo.

Entrevistados apontam aumento da corrupção

Brasília

– Apesar da seqüência de operações de combate à corrupção desencadeadas nos últimos meses e das dezenas de prisões de ex-governadores, juizes, delegados e policiais, o brasileiro não viu avanço no combate à corrupção no governo Lula, segundo pesquisa do Instituto Sensus. Para 73,8%, a corrupção aumentou ou ficou como sempre esteve.

Do total de entrevistados, 47,4% considera que a corrupção ficou como sempre esteve, 16,9% que diminui um pouco; 14,8% que aumentou muito; 11,6% que aumentou um pouco; e 2,6% que diminuiu muito. A pesquisa mostra ainda que para 72,9% dos entrevistados, a corrupção no Brasil é mais grave e maior que em outros países. Apenas 10,5% consideram que não é grave e é menor que em outros países. Outros 8,9% disseram que é igual a outros países.

O Judiciário é o órgão dos três poderes considerado mais o suscetível à corrupção. Do total dos entrevistados, 21,1% consideram que a corrupção ocorre mais no Poder Judiciário; 12,5% que ela é mais comum no Executivo; e 10,2% que no Legislativo.

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