Autor da CPI aérea critica funcionamento de Congonhas

O deputado federal Wanderlei Macris (PSDB), autor do projeto da criação da CPI do Apagão Aéreo, fez críticas quanto ao funcionamento do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, principalmente após o acidente ocorrido na noite de terça, em entrevista à rádio CBN.

"Tivemos dois acidentes gravíssimos nesses dez meses, após o acidente com o avião da Gol, onde o governo ora culpa os controladores de vôos, ora as empresas, ora culpa os pilotos do Legacy. Isso já não é mais coincidência. Outro dia um avião derrapou em Congonhas. É uma tragédia anunciada. Não dá mais para encobrir essa história. Há que se assumir a responsabilidade pela falta de gestão. É um apagão na gestão. As pessoas do governo estão sendo incapazes de gerir o País principalmente no setor de tráfego aéreo. Estão brincando com a vida das pessoas. A gente já sabia que esse aeroporto estava nessa situação, com 12 milhões de capacidade ou 18 milhões de pessoas passando por lá. Ele não podia abrir essa pista principal sem as fazer as ranhuras. Abrir o aeroporto de novo é mais um equívoco do governo. Esse aeroporto deve permanecer fechado. Nós precisamos de uma auditoria independente até garantir a segurança das pessoas que passam por lá. Está cada vez mais claro que há incompetência do governo.

Na época da reabertura do aeroporto, após a reforma na pista principal, o deputado e sua equipe estiveram por lá para fazer uma visita para saber a situação das pistas. "Pedimos informações ao Tribunal de Contas que foram negadas dentro da CPI. Queremos informações detalhadas. São vidas humanas em jogo. A Anac autorizou mais do que devia os vôos em Congonhas. Atuaram no interesse das empresas aéreas, que pelo mercado, quiseram colocar mais vôos do que podia, sem se importar com a segurança das pessoas.

Para o deputado, faltou gerenciamento e prioridade, principalmente de segurança e não o conforto dos passageiros, durante as obras do aeroporto.

Acidente 

A TAM confirmou hoje que havia 186 pessoas a bordo do Airbus A320, que fazia o vôo 3054 procedente de Porto Alegre, e que sofreu um acidente ontem à noite no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Destes, 162 eram passageiros, 18 funcionários da própria TAM e seis tripulantes (dois comandantes e quatro comissários). A lista dos ocupantes do avião e dos funcionários da TAM Express está na página da empresa na internet (www.taminforma.com.br)

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