Aumenta popularidade de Lula

Brasília – A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu no último mês, acompanhada por uma melhora expressiva da avaliação de seu governo, apesar do fraco desempenho econômico e do aumento do desemprego no País, mostrou ontem pesquisa realizada pelo instituto Sensus para a Confederação Nacional do Transporte (CNT).

A avaliação positiva do governo Lula subiu de 47,7% em abril para 51,6% em maio, enquanto a negativa caiu de 9,4% para 7,2%. A avaliação regular oscilou de 34,8% para 35,7%. O desempenho pessoal do presidente registrou alta de 4,1%, passando de 73,9% em abril para 78% no mês anterior, segundo a pesquisa que entrevistou 2 mil pessoas em 195 municípios de 24 estados. Um total de 13% desaprovaram o desempenho do presidente, contra 14,2% em abril. “Todos os indicadores do presidente melhoraram. Sentimos uma segurança das pessoas no presidente. Apesar de alguns indicadores (econômicos) terem piorado, elas confiam quase cegamente nele”, disse Clésio Andrade, presidente da CNT.

Na contramão do aumento de popularidade de Lula, a política econômica do governo registrou uma queda no apoio da população. Em abril, 60,9% dos brasileiros achavam que a economia estava sendo bem conduzida, enquanto que em maio esse índice caiu para 57,6%.

O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, acredita que a discussão sobre a taxa de juros travada entre a equipe econômica e o vice-presidente José Alencar pode ter causado uma má impressão na população. Nas últimas semanas, o vice defendeu várias vezes a queda da taxa básica de juro, atualmente em 26,5%.

A inflação é outro ponto que preocupa a população. Em abril, 38,2% dos entrevistados acreditavam que a inflação estava de volta, enquanto que em maio esse percentual subiu para 43,2%. A inflação acumula alta de 6,15% este ano.

A pesquisa mostrou ainda que a expectativa de que Lula fará um bom governo e cumprirá as promessas de campanha aumentou de 58% em abril para 62% em maio. No entanto, mais de um quinto dos entrevistados acredita que o governo precisará de outro mandato para “mudar a vida” dos cidadãos.

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