Argentino teme “invasão” judaica na Patagônia

Buenos Aires – “Grupos israelenses querem ficar com a Patagônia”. A polêmica frase teria sido pronunciada pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Roberto Bendini, durante um seminário com oficiais das forças armadas. Bendini disse que judeus e ONGs indicaram à platéia militar que os grupos estão desembarcando no país com o “disfarce” de turistas, para conquistar a região.

Bendini, que havia passado os últimos anos no comando de tropas no extremo sul da Patagônia até ser convocado para o novo cargo pelo presidente Néstor Kirchner, afirmou que as declarações publicadas “não são exatas”. O ministro da Defesa, José Pampuro, convocou o militar para dar explicações. A comunidade judaica ficou indignada. O país possui a segunda maior comunidade do continente. Calcula-se em 600 mil os judeus argentinos. “Estamos surpresos com essa declaração”, explicou Abraham Kaul, presidente da associação beneficente judaica AMIA, uma das duas principais organizações da comunidade no país. “É uma aberração”, disse. O Centro Simon Wiesenthal emitiu comunicado afirmando que que se a notícia for confirmada, a continuidade de Bendini “representa um risco para a comunidade judaica”.

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