Alckmin defende criação de Conselho de Desenvolvimento Social

O pacto social tem mais um aliado. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai criar um Conselho de Desenvolvimento Social para intensificar as ações e discussões conjuntas com a sociedade. “Para integrar melhor as várias ações de políticas públicas nesta área (social) e aproveitar melhor os recursos públicos”, disse.

Alckmin contou que a criação do conselho foi sugestão do empresário e presidente do Instituto São Paulo Contra a Violência, Eduardo Capobianco, durante encontro, no Palácio dos Bandeirantes, com mais 16 representantes da sociedade civil. Hoje, o grupo entregou o documento E agora, governador?, resultado do programa da Rede Globo, de São Paulo.

“Assim se erra menos e se acerta mais. Vamos ter bons parceiros”, disse Alckmin, que já havia anunciado que vai transformar o Programa Estadual de Desestatização (PED) em Programa de Desenvolvimento Econômico.

Pacto

O governador elogiou o pacto social proposto pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. “É importante. O caminho para avançar é estar sintonizado com a sociedade civil”, disse. “Não cabe mais governo tecnocrático, distante dos anseios da população, do setor produtivo e dos trabalhadores. Quem enxergar isso fará um governo melhor.”

Alckmin explicou que exercitar o pacto é sentar-se à mesa com outros setores de fora do governo. “É diminuir o corporativismo e pensar no coletivo. Não é uma solução em si, mas é um bom meio para se atingir os objetivos.”

Ele relembrou sua experiência como deputado federal quando fez a lei que deu origem ao Código de Defesa do Consumidor, lembrando que antes consultou setores como Ministério Público, empresariado, associações comerciais e de donas de casa e publicitários. “Deu trabalho, mas dizem que é uma lei que pegou porque foi bem discutida.”

Questionado sobre se o pacto esvaziaria o Congresso, Alckmin disse acreditar que não, uma vez que o papel dos congressistas é aprovar ou não as sugestões, mas que isso é o “pulsar das ruas e precisa ser levado em conta”.

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