Brasil perde atratividade para investidor estrangeiro

Londres, 12 (AE) – O Brasil caiu do 9º lugar obtido em 2003 para o 17º lugar neste ano em atratividade de investimentos externos. Este é o nível mais baixo para o País desde 1998, quando o Índice de Confiança de Investimentos Externos Diretos (Foreign Direct Investment Confidence Index®) começou a ser calculado pela empresa global de consultoria de alta gestão A.T. Kearney. O Índice é apurado pela empresa com base em sua pesquisa anual realizada com executivos das maiores empresas do mundo.

No ano passado, a entrada de investimentos externos diretos no Brasil caiu 39%, passando de US$ 16,6 bilhões (2002) para US$ 10 1 bilhões (2003), seu nível mais baixo desde 1995. Maior estabilidade econômica, a retomada do crescimento e melhores perspectivas de lucratividade e risco poderiam ajudar a reverter este declínio em investimentos externos diretos.

Entretanto, preocupações com questões de regulamentação, assim como oportunidades oferecidas em outros lugares do mundo em desenvolvimento podem limitar a capacidade do país de aumentar a entrada destes investimentos. Apesar dos esforços do governo para garantir a estabilidade macroeconômica, o Brasil ainda é percebido como um país de grande risco, entre os cinco grandes mercados emergentes.

A China e Índia competem entre si e desafiam agressivamente a posição dos Estados Unidos como o destino preferido para investimentos externos diretos. A probabilidade de executivos globais investirem na China e na Índia é maior do que a de qualquer outro período, desde 1998.

A China manteve sua posição como o país mais atraente do mundo em investimentos externos diretos, enquanto a Índia subiu da sexta para a terceira posição ? a melhor colocação já obtida pelo país, atrás dos EUA. Embora os EUA permaneçam na segunda classificação em atratividade, a distância entre a Índia pode estar diminuindo.

À medida que a China e a Índia forjam suas posições de liderança na economia global, os EUA e o resto do mundo vão enfrentar as grandes pressões competitivas destas duas economias dinâmicas e em rápida evolução.

Pela primeira vez desde 2000, a maioria (69%) dos executivos se mostrou mais otimista em relação à economia global em comparação com a proporção de um em cada dez mostrando pessimismo.

Os investidores corporativos expressaram maior disposição de aplicar no exterior em comparação a 2003 ? registrando, em um período de um ano, o primeiro aumento positivo da confiança geral dos investidores nos destinos globais de investimento desde 2001.

Ajudando a incentivar prováveis aplicações externas diretas no futuro, estes investidores corporativos consideraram menos ameaçadores os riscos macroeconômicos e políticos e vêem, nos principais mercados emergentes do mundo, maiores oportunidades de lucro e menor risco.

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