Bovespa recua antes da decisão sobre o juro americano

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em leve alta, sinalizando que os investidores estão cautelosos enquanto aguardam a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sobre a taxa básica de juro, às 15h15 (de Brasília). A expectativa é de que a taxa dos Fed funds será mantida em 5,25% ao ano. Às 10h18, a Bovespa perdia 0,24%, aos 50.155 pontos.

O mercado também não espera mudanças significativas no texto do comunicado que acompanha a decisão em relação ao da reunião anterior, especialmente por conta das recentes divulgações favoráveis de inflação e de dados de atividade nos Estados Unidos. Mas dificilmente os investidores vão se posicionar antes de conhecer o conteúdo do documento do FOMC. Isso explica a queda das bolsas nos EUA e na Europa.

Empresas

Nos EUA, além da cautela natural com o FOMC, as bolsas são pressionadas pelas ações da Cisco, que caíam 5,9% nas operações realizadas na Alemanha, após a empresa prever ontem à noite receitas menores ao divulgar balanço do terceiro trimestre fiscal. Os papéis da Rio Tinto subiam 7% e os da BHP + 2,5%. Isso porque há mais rumores de que a Rio Tinto seria alvo de uma eventual oferta de aquisição por parte da BHP. A Bolsa de Londres recuava 0,20%. As especulações envolvendo a consolidação do setor de mineração deixam ainda mais em evidências ações da Vale do Rio Doce, que ontem encerraram o pregão em baixa de 1 10%.

No setor de siderurgia, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) deve concentrar as atenções nesta quarta-feira (9) depois que o governo conseguiu penhorar na Justiça R$ 1,189 bilhão da companhia. Os recursos referem-se à cobrança de suposta dívida tributária da CSN com o Fisco federal. Do total bloqueado, R$ 685,26 milhões referem-se a dividendos que seriam distribuídos pela CSN aos seus acionistas. Os R$ 503,890 milhões restantes serão de ações que estão na tesouraria da empresa.

Os balanços da Vivo e do Unibanco devem ter efeito pontual nos negócios. A Vivo informou prejuízo líquido de R$ 19,3 milhões, volume 89,2% menor no comparativo com igual período de 2006. O Unibanco, por sua vez, teve lucro líquido de R$ 581 milhões no primeiro trimestre, total 11,7% superior a igual intervalo de 2006.

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