Bossi pede perdão depois de afirmar que Itália compraria partida com Eslováquia

Foto por: Giuseppe Cacace

O líder do partido populista italiano Liga Norte, Umberto Bossi, um dos principais aliados do governo de Silvio Berlusconi, pediu perdão nesta quarta-feira depois de ter afirmado que a seleção de seu país “comprará” a partida contra a Eslováquia na Copa do Mundo.

“Peço perdão à ‘Nazionale'”, disse à imprensa local Bossi, ministro das Reformas no governo de Berlusconi, corrigindo declarações que causaram a indignação das autoridades esportivas do país, que ele classificou de “brincadeira”.

“Foi uma brincadeira que fiz no bar (do Parlamento). Meu desejo é que os ‘Azzurri’ conquistem o Mundial”, acrescentou, referindo-se a suas afirmações à imprensa.

“Comprarão a partida. Vocês verão, na próxima temporada teremos jogadores eslovacos jogando em clubes italianos”, disse Bossi em declarações publicadas na edição desta quarta-feira do Il Corriere della Sera.

Essas afirmações, feitas na terça-feira, receberam destaque da imprensa italiana nesta quarta-feira.

Para assegurar a sua classificação para as oitavas de final da Copa, os atuais campeões devem derrotar a Eslováquia na quinta-feira, após seus dois empates contra Paraguai e Nova Zelândia (ambos por 1-1).

A Federação de Futebol Italiana considerou as declarações do ministro “desconcertantes e insultantes”, e afirmou que “Bossi superou os limites desta vez”.

A Liga Norte faz campanha para promover mais federalismo na Itália e não celebra as datas nacionais do país.

Desde que a febre do futebol tomou conta da Itália com o Mundial, as autoridades do partido populista não esconderam que não apoiam a seleção nacional.

Os comentaristas da rádio da formação política chegaram a festejar o gol sofrido pela ‘Squadra Azzurra’ pelo Paraguai na partida da primeira rodada do grupo F do Mundial.

O filho de Bossi disse que não apoiaria a equipe nacional italiana, e outro ministro membro da Liga Norte propôs a redução das premiações da equipe.