Boa perspectiva

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade mantida pelas trinta economias mais industrializadas do mundo, numa perspectiva bastante satisfatória para os brasileiros, divulgou relatório mostrando que Brasil, Rússia, Índia e China, países em desenvolvimento abrigados sob a sigla ?Bric?, geraram, em média, mais de 22 milhões de novos empregos por ano, entre 2000 e 2005.

A relevância do balanço é que o número é cinco vezes maior que a geração de empregos de todos os países integrantes da OCDE juntos, segundo estimativas da própria organização.

No Brasil, o número de novos postos de trabalho gerados a cada ano – no período investigado – alcançou a média de 2,7 milhões, ao passo que o grupo de países filiados à OCDE logrou oferecer apenas 3,7 milhões de empregos por ano.

Há um penoso caminho a percorrer, tendo em vista que a taxa de 9% de desemprego no Brasil, constatada pelas pesquisas periódicas realizadas pelo IBGE, permanece bastante elevada. Drama social que põe à prova a capacidade do governo em produzir estímulos ao investimento gerador de empregos e renda.

Outro desafio a ser enfrentado com realismo é a concreta redução da desigualdade salarial e do número crescente de trabalhadores informais.

No Brasil, a informalidade engloba algo em torno de 45% de todo o mercado de trabalho, indicando que o crescimento econômico está sendo insuficiente para facilitar a transição para o emprego formal.

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