Bernardo não teme que PAC seja mutilado no Congresso

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tentou demonstrar tranqüilidade em relação aos rumos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Congresso. Apesar de terem sido apresentadas mais de 600 emendas às medidas provisórias do programa, Bernardo disse não temer que o PAC seja mutilado ou desfigurado pelos parlamentares.

"Os parlamentares têm direito de emendar, mas vamos discutir cada uma delas. O Congresso está executando sua atribuição constitucional e a experiência mostra que os projetos saem melhores da Casa do que entram ", afirmou o ministro, dizendo que uma grande negociação será aberta com o Congresso, começando já amanhã, com a audiência pública dele e outros ministros (Guido Mantega e Dilma Rousseff) para discutir o programa com a Câmara dos Deputados.

Sobre a possibilidade de o governo vir a aceitar mais desonerações, como propõe uma série de emendas, sobretudo da bancada ruralista, o ministro lembrou do pouco espaço existente no Orçamento: "Se dependesse só do governo, teria mais desonerações, mas é preciso olhar o comportamento das receitas e das despesas". O ministro ressaltou que o governo vai trabalhar para preservar a essência do PAC. "Se preciso, vamos cuidar só disso, que é a nossa grande prioridade".

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