BB vai liberar R$ 340 milhões para modernização da cafeicultura do Paraná

Essa medida faz parte de um programa de diversificação da agricultura paranaense que será lançado pelo governador Roberto Requião, no próximo mês, antecipou Bianchini. E a revitalização da cafeicultura é uma das etapas desse programa, acrescentou. O lançamento do Pronaf Café aconteceu nesta sexta-feira (16) na Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Paraná (Fetaep), em Curitiba.

Segundo Bianchini, o governador Roberto Requião solicitou um forte programa para a agricultura paranaense com ênfase na diversificação das lavouras e na agregação de valor. Por isso, a Secretaria identificou na cafeicultura um setor gerador de renda e de emprego que atende aos anseios da agricultura familiar.

O setor gera 75 mil empregos no campo, atingindo até 200 mil postos de trabalho no período da colheita. Os recursos, no entanto, serão aplicados mediante compromisso do produtor com a modernização das lavouras, destacou. De acordo com o secretário, a meta é promover ainda mais a qualidade do café produzido no Estado.

Para o presidente da Fetaep, Ademir Muller, o lançamento do programa atende a uma reivindicação do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, que através do movimento Grito da Terra tem solicitado a implantação de políticas públicas diferenciadas para a agricultura familiar.

Condições de financiamento – De acordo com o gerente do Agronegócio do Banco do Brasil, Sergio Mantovani, que apresentou a nova linha de financiamento na sede da Fetaep, os agricultores interessados em acessar os recursos deverão passar por um programa de capacitação e treinamento, além de firmar compromisso com o banco que irão aderir as novas tecnologias.

Os cafeicultores poderão financiar até 60% dos custos para implantação da lavoura, valor definido em R$ 4,6 mil por hectare, segundo os técnicos da Emater e do Iapar. Os agricultores terão até oito anos para quitar o financiamento com até três anos de carência, com taxas de juros de 3% ao ano.

Os recursos estarão disponíveis para atender projetos individuais ou grupais de custeio como aquisição de mudas, adubação, tratos culturais, por exemplo). Ou então, para investimentos como renovação ou implantação de novos plantios, aquisição de máquinas e implementos e melhoria na infra-estrutura.

Os grupos de produtores poderão optar pela aplicação dos recursos por meio de investimentos comunitários em máquinas e equipamentos, infra-estrutura para processamento e preparo das mudas.

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