Bastos diz que não continuará no Ministério da Justiça

O ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, disse hoje que não deve seguir na Pasta. Durante abertura do 12º Seminário Internacional de Defesa no Inquérito Policial, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), na capital paulista, ele destacou que este será o último ano que participará do evento com o cargo atual. "Esse é o último ano que eu venho como ministro da Justiça abrir esse seminário. Espero que, no próximo, eu possa voltar a ser aquilo que eu era: um participante, um debatedor, um palestrante", afirmou.

Indagado, após o evento, se realmente não ficaria no cargo, mesmo com uma eventual reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele voltou a sinalizar sua saída do ministério. "Eu estou programado para ficar quatro anos, morando e trabalhando em Brasília. Gosto muito do Ministério da Justiça, acho que o trabalho que tem lá foi muito gratificante e muito proveitoso", destacou. "Mas quatro anos é bastante. O Brasil tem uma safra de advogados e juristas muito brilhantes", acrescentou.

Na avaliação de Bastos, a performance do Ministério durante o mandato do presidente Lula "pode ser considerada, modestamente, uma história de êxito". "Porque os objetivos que a gente imaginava alcançar foram, razoavelmente, alcançados", observou, salientando, principalmente, o trabalho de inteligência da Polícia Federal e a independência do Ministério Público Federal (MPF). "O fato é que o trabalho da Polícia Federal nesses anos é como se tivesse posto um farol alto na criminalidade", complementou.

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