Avião presidencial tem partida atrasada de Hamburgo

Batizado de Santos Dumont, o avião Airbus Corporate Jetliner A-391, que substituirá o antigo Boing 707, conhecido como Sucatão, teve a saída de Hamburgo, na Alemanha, atrasada por causa de questões burocráticas de liberação de guias de exportação.

Apesar dos atrasos, o avião chegou, ao fim do dia hoje, em Toulouse, na França, onde passaria por uma última liberação de burocracia para seguir para o Brasil e ser incorporado à Força Aérea Brasileira (FAB).

Assim, a chegada à Base Aérea de Brasília está prevista para a madrugada de sábado (15), devendo ser apresentado ainda na manhã do mesmo dia. O aparelho voará da cidade francesa à capital federal, sem escalas.

O Airbus, que fará a primeira viagem oficial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Tabatinga (AM), na quarta-feira (19), quando relançará o Projeto Rondon, custou US$ 56,71 milhões e estará totalmente quitado em março, quando o governo paga a última parcela, de US$ 2,53 milhões, liberada.

Dos oito pilotos que se revezarão no comando do Airbus, três estão na Europa para trazer o novo avião, que recebeu o prefixo FAB 2101 e tem as cores oficiais: a fuselagem é branca, com a inscrição FAB sobre uma barra azul. No leme, traz uma faixa verde e amarela. Além das instalações presidenciais, o aparelho tem capacidade para acomodar 40 pessoas, em poltronas de classe executiva.

Dos oito comandantes que irão operar no Airbus, seis estão formados e receberam treinamento até mesmo na TAM, que fará a manutenção do aparelho. Os outros dois estão em processo de conclusão do curso. Trazendo o avião, além do futuro comandante do Grupo de Transportes Especiais (GTE), onde o avião ficará baseado, tenente-coronel Univaldo Batista de Souza, estarão também um engenheiro aeronáutico, um piloto de provas e mais uma equipe cinco técnicos do aparelho.

O contrato de manutenção do avião foi assinado no fim de 2004, com a TAM, no valor de R$ 15,4 milhões, pelo período de cinco anos. Antes, os reparos do avião presidencial eram feitos pela Varig Engenharia e Manutenção (VEM) porque era a única habilitada a oferecer apoio técnico a Boeings.

Agora, como o modelo escolhido foi um Airbus, quem tem autorização para fazer a manutenção pela fabricante do avião é a TAM, que ficará responsável por este trabalho. A atividade tem todo o acompanhamento de técnicos da FAB, também conhecedores de Airbus, que acompanharão todo e qualquer trabalho a ser feito no aparelho. A manutenção do avião presidencial será feita pelo Centro Tecnológico da TAM, em São Carlos, no interior de São Paulo.

Sem festa – Embora o governo tenha adiado de dezembro para janeiro a chegada do avião para evitar maiores marolas no Congresso, que ainda estava em funcionamento, não deverá haver nenhuma festa para recebimento do Airbus. Nas Forças Aéreas do mundo inteiro, há uma superstição de que "dá azar" fazer comemoração para receber avião.

Mesmo decidindo apresentar o novo avião presidencial à imprensa, não será permitido aos jornalistas entrar no veículo para conhecê-lo, internamente. Um catálogo de fotografias da parte interna do avião foi feito e será apresentado aos repórteres, que não poderão conhecê-lo, pessoalmente, por dentro. Um filme oficial do avião também será apresentado para divulgação. A administração municipal está preocupada com as críticas que foram feitas e que ainda poderão surgir com a chegada do novo avião presidencial.

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