Smart lança bicicleta elétrica em Frankfurt

Setor de duas rodas recebe atenção de montadoras, que pressionadas para desenvolver carros menos poluentes, decidiram investir no segmento de bicicletas. A primeira investida neste sentido foi a da Peugeot, montadora que começou no mundo das duas rodas e comercializa uma bicicleta elétrica desde o ano passado na Europa, por cerca de 3 mil euros.

Agora, famosa pelos minicarros, a Smart aproveitou o Salão de Frankfurt para estrear neste segmento com o modelo híbrido E-Bike, que começa a ser vendido no ano que vem. A “bike” que funciona com pedaladas e um motor elétrico, não é apenas um produto que propõe uma alternativa de mobilidade a quem ainda não tem idade para tirar a habilitação de moto ou carro, mas também uma forma de aprimorar a tecnologia elétrica

“Na área da eletro-mobilidade, agradar os clientes e realizar um novo conceito é importante e a bicicleta tem uma parte dentro disso. Mas também é, com certeza, uma estratégia de “marketing” afirmou o diretor da empresa de consultoria Roland Berger, Stephan Keese. Porém, a vice-presidente mundial da Smart, Annette Winkler (foto), nega que o novo produto seja uma estratégia de “marketing”, mas, sim, um trabalho sério dentro da empresa. “Veja, isto aqui é um Smart de duas rodas. Em todos os sentidos, até na tração traseira”, disse a executiva ao mostrar a funcionalidade da bicicleta a jornalistas.

Mas no Brasil, se a resolução 315 do Conselho Nacional do Trânsito (Contran), publicada em maio de 2009, fosse cumprida, as bicicletas híbridas teriam que ser licenciadas e só poderiam ser conduzidas por quem tem carteira de habilitação, porque são classificadas como motoneta. A norma provocou protestos e a Associação Brasileira do Veículo Elétrico “briga” para que ela seja mudada.

Pela lei européia, por exemplo, na bicicleta com motor elétrico a “partida” deve ser feita pela força muscular do ciclista nos pedais, por isso é classificada como híbrida. Além disso, o motor deve parar de funcionar quando a velocidade atingir 25 km/h e quando o freio for acionado, ainda que o ciclista continue pedalando. E a potência do motor não deve superar 250 watts. Recentemente a Mini, lançou uma bicicleta dobrável que cabe nos modestos porta-malas de seus carros.

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