Peugeot 206 e Clio Dynamique: esportivos e atraentes

As montadoras francesas instaladas no Brasil a partir de 1997, colocaram no mercado dois carros esportivos interessantes: o Peugeot 206 1.6 16V e o Clio Dynamique 1.6 16V. Trata-se de tradição no mercado brasileiro lançar versões esportivas de modelos acessíveis ao consumidor. É o caso da Peugeot e da Renault, duas rivais francesas que fizeram questão de estender esse confronto para o campo dos compactos excitantes.

O Jornal do Automóvel, revendo avaliação que fez desses modelos, resolveu comparar suas impressões, para que os leitores possam tirar suas conclusões. O Peugeot 206 1.6 Rallye passou recentemente por leve “facelift” e o novo Renault Clio Dynamique, com propulsor 1.6 16V veio ocupar o espaço deixado pela versão Si. São carros com preços e pacotes de equipamentos diferentes, mostrando que cada montadora vê necessidades diferentes para seus clientes. E isso só torna a comparação interessante.

Tanto o 206 quanto o Clio têm bons anos de estrada, embora o Clio mostre o peso da idade. Ambos tiveram pequenos ajustes de estilo recentemente. A Renault em 2003 se concentrou na frente do Clio, com grandes faróis de superfície complexa. O Peugeot mudou pouca coisa este ano, mas as alterações renovaram seu ar ainda jovial. Mas é no caráter esportivo que eles são relativamente bem-sucedidos. No Dynamique, se sobressai a grande saia do pára-choque dianteiro e as rodas de aro 15. E o Rallye tem como destaque o aerofólio e a grande entrada de ar dianteira em forma de sorriso. Os dois só são comercializados na versão duas portas.

Internamente o 206 lembra um carro esportivo, a começar pela bonita soleira de metal, as pedaleiras e a manopla do câmbio do mesmo material. No Clio, a Renault manteve o interior sóbrio como das outras versões. Sendo assim, vantagem do Peugeot no primeiro critério.

O fato de serem versões esportivas não impede que ofereçam conforto ao seu modo. E apesar da suspensão dura e das duas portas, os dois carros não privam seus ocupantes de certos mimos, exceto em espaço interno, por exemplo, em que deixam a desejar. Deles, o Clio é que trata melhor o passageiro do banco traseiro, que é maior que o rival e tem muito mais espaço para as pernas (23 cm contra 18 cm). A largura do habitáculo também é superior ao 206 (1,36 m ante 1,35 m). Em compensação, o Peugeot tem mais espaço vertical tanto atrás quanto na frente. No porta-malas, vantagem pequena do Clio (255 litros contra 245 litros do Peugeot).

FICHA TÉCNICA