O velho quarentão de cara nova

A Ford apresenta esta semana no Salão Internacional de Detroit 2004, o NAIAS – North American International Auto Show, nos Estados Unidos, o novo Mustang 2005, uma das novidades mais esperadas do evento. O carro, exibido como conceito na edição passada, entra agora em produção regular no mercado norte-americano, renovando o mito que conquistou corações ao redor do mundo no ano em que se comemoram os 40 anos de seu lançamento.

O Mustang 2005 traz uma arquitetura inteiramente nova, sem perder o estilo e o espírito que o identificam com o modelo clássico. O esportivo oferece duas novas opções de motores: o 4.6 l V8 MOD, com 24 válvulas e potência de 300 cv, e o V6 4.0 l SOHC, de 202 cv, com transmissão manual de cinco marchas ou – pela primeira vez – a transmissão automática de cinco velocidades.

Entre outras inovações, o Mustang 2005 inclui uma avançada suspensão dianteira MacPherson e eixo traseiro de três articulações com barra de torção Panhard, além de mostradores com uma tecnologia inédita que permite a seleção de cores pelo usuário. O Mustang do século 21 combina também força e segurança, levando a proteção dos ocupantes a um nível jamais oferecido em um carro dessa potência. Além de uma “célula de sobrevivência” robusta, ele dispõe do Sistema de Segurança Pessoal Ford, com sensores que monitoram o peso dos passageiros, atuando em conjunto com bolsas de ar frontais e laterais de duplo estágio. Tem ainda controle eletrônico de tração e freios superdimensionados, com ABS.

Design inconfundível

O Ford Mustang 2005 oferece um design limpo, contemporâneo, calcado em sua herança inconfundível. “Nós não apenas redesenhamos um carro, mas acrescentamos um novo capítulo a um carro épico”, disse J. Mays, vice-presidente de Design da Ford Motor Company. A frente longa e a traseira curta sintetizam 40 anos de história, assim como detalhes de design que ajudaram a definir o Mustang desde os anos 60: entradas de ar em C nas laterais, lâmpadas traseiras de três elementos e o distintivo do cavalo a galope no centro da grade. O nariz agressivo em formato de tubarão retoma a ousadia do modelo de 1967, enquanto os faróis redondos lapidados em compartimentos trapezoidais acrescentam ao carro um ar de modernidade.

No painel, com acabamento em alumínio e preto, destacam-se quatro entradas de ar alinhadas verticalmente. A direção, de três raios, traz no centro o logotipo do cavalo sobre barras tricolores. Os mostradores duplos, de acabamento cromado, incorporam uma tecnologia inteiramente nova: são os primeiros da indústria automotiva a oferecer configuração de cores. As rodas do veículo foram empurradas até os cantos da carroceria.

Motores inovadores

Os novos motores fazem justiça ao desempenho legendário do Mustang. O modelo GT 2005, com motor V8, é o primeiro Mustang de produção regular a entrar na arena dos 300 cv, antigamente ocupada apenas pelos legendários modelos Cobra e Boss.

Suspensão e freios redesenhados

A suspensão dianteira MacPherson do Mustang 2005 incorpora uma tecnologia inovadora. Ela utiliza braços em “L” de aço que pesam menos que alguns braços similares feitos de alumínio fundido. As suspensões MacPherson – originalmente desenvolvidas nos anos 40 por Earl S. MacPherson, engenheiro da Ford – são famosas por sua capacidade de proporcionar tanto conforto quanto controle, com peso reduzido.

A suspensão traseira adota uma nova arquitetura de três articulações, com barra de torção Panhard, que proporciona controle preciso do eixo. Um braço central de controle é afixado ao diferencial, complementado por braços tensores perto de cada ponta do eixo. A barra de torção tubular, de baixo peso, tem uma ponta fixada à carroceria e a outra no eixo.

O Mustang 2005 traz freios a disco super-reforçados nas quatro rodas, com espessura de 30 mm. O modelo GT tem discos dianteiros e traseiros ventilados, de 12,4 polegadas e 11,8 polegadas, respectivamente. O modelo V6 tem discos sólidos de 11,4 polegadas na dianteira e 11,8 polegadas na traseira. O sistema ABS opcional utiliza sensores eletrônicos para monitorar as condições da estrada e alimentar um computador que é capaz de determinar em milissegundos se o veículo encontra-se em pavimento seco ou escorregadio. Quando o controle de tração não é desejado – como numa arrancada violenta em pista de corrida – o motorista pode desativá-lo em um botão no painel.

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