March vira novo sucesso da Nissan no Brasil

Ao ser lançado no Brasil, em setembro do ano passado, o March tinha por objetivo dar mais visibilidade à Nissan no mercado brasileiro e desassociar a imagem de marca importada. Sete meses depois e uma média mensal de vendas de quase 3 mil unidades, o compacto produzido no México parece que vem cumprindo o seu papel.

Durante a avaliação feita na versão 1.0 S pelas ruas de Curitiba, a cada parada surgiam curiosos querendo saber um pouco mais do carro. E a todos a resposta era a mesma: o March é um veículo versátil, fácil de conduzir e com preço bastante competitivo. A configuração avaliada custa a partir de R$ 32.890, e vem com direção elétrica, airbag duplo, ar-condicionado e trio elétrico.

O hatch passa a mesma impressão dos demais modelos da marca: o visual não é tão encantador, mas basta dirigir um para ser conquistado. Os proeminentes faróis ao melhor estilo japonês são o ponto alto. Já as lanternas traseiras são poucas criativas. Por dentro, o painel e as forrações de porta são bem montados e feitos com plástico agradável ao toque e ao olhar. A vida a bordo é favorecida por itens como o console central, que se estende do painel até a região traseira.

O volante oferece boa empunhadura , o que ajuda nas manobras. Por sinal, a leveza da direção elétrica progressiva (fica mais firme à medida que a velocidade aumenta), aliada à estrutura reduzida do veículo, torna a baliza uma tarefa simples, mesmo para os iniciantes na direção. Já os controle dos retrovisores elétricos poderiam ser melhor localizados. Ficam escondidos atrás do volante.

Ser um compacto significa pouco espaço interno. Na frente, até que os ocupantes conseguem “se virar”, mas atrás não há milagres. Apenas duas pessoas viajam ali sem se espremer. A suspensão é devidamente calibrada para lidar com ruas esburacadas. As pancadas são absorvidas com competência.

Desempenho

O propulsor 1.0 rende 74 cavalos e é o mesmo que a Renault aplica no Clio. Rodando, o March é como qualquer carro com motor mil. Para alcançar um desempenho mais animador, é necessário deixar o conta-giros acima das 3 mil rotações. No caso do Nissan, pelo menos, isso traz realmente um comportamento digno. O baixo peso de cerca de 930 kg ajuda muito. Assim, quando os giros sobem, o carro consegue se movimentar de maneira bem razoável.

A relação das marchas iniciais (primeira, segunda e terceira) mais curta também o torna insuperável por modelos similares nas saídas de semáforo. O consumo urbano é elogiável em um veículo com vocação para a cidade: no etanol, o computador de bordo apontou 8,6 km/l.

Valor

R$ 27.990 é o preço da configuração de entrada, a 1.0 apenas (sem o “S”). Porém, a direção é mecânica, não há ar-condicionado (somente ar-quente) e os retrovisores, pasmem, não possuem ajustes internos. Mas o airbag e o computador de bordo estão lá. Direção elétrica e ar-condicionado só com o pacote opcional Conforto, que eleva o valor para R$ 31.490. Neste caso, melhor pagar um pouco mais e levar o 1.0 S, já com o sistema elétrico nos retrovisores, vidros e portas.

Renyere Trovão

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