Contando a história da indústria automobilística

Quando o jornal O Estado do Paraná deixou suas dependências da Rua Barão do Rio Branco para se instalar na Cidade da Comunicação no bairro das Mercês, entravamos numa nova era: a do fotolito.

O empreendedor espírito do empresário Paulo Cruz Pimentel deu nova vida e imagem ao jornal, instalando moderno maquinário a serviço da comunicação paranaense, que passou a usar cores em suas edições.

E foi nesse clima de investimentos e criatividade que o jornalista Mussa José Assis resolveu transformar páginas de matérias sobre automóveis, em um caderno especializado, complementando a nova e moderna imagem do jornal.

E conversando com o jornalista Antonio Cipriano Bispo, que na época escrevia sobre automóveis e automobilismo, escolheu o nome “Jornal do Automóvel” para o caderno que iria lançar.

Terceira fase do JA em formato berliner.

Assim, no dia 22 de setembro de 1974, a primeira edição do Jornal do Automóvel foi encartada no jornal O Estado do Paraná, como caderno especial sobre automóveis, destacando em sua capa, a cores, o carro-conceito BMW Turbo.

Dez anos depois, em setembro de 1984, o JA destacava em sua capa, a eleição do empresário paranaense, José Carlos Gomes de Carvalho à presidência da Abrave (Associação Brasileira de Veículos). Vinte anos depois,em setembro de 1994, o JA destacava o lançamento do novo Gol’95, da Honda CG 125 Titan e do Itamaraty Executivo.

Mas uma das matérias que marcaram a atuação do Jornal do Automóvel em nosso automobilismo, foi a cobertura com exclusividade (“furo de reportagem”), do Looping da Mort, realizado no Autódromo de Pinhais, em agosto de 1997, pelo conhecido homem de “shows” automobilísticos Jota Cardoso, responsável pela famosa equipe dos Volantes Voadores.

Segunda fase do JA, tablóide.

J. Cardoso montou então, no Autódromo de Pinhais, uma estrutura circular de madeira, de aproximadamente 360 graus e com cerca de 35 metros de altura, dentro da qual, um carro de sua equipe realizaria vo9lta completa, verdadeiro “looping” da morte. Para realizar a arriscada façanha, J. Cardoso escolheu seu melhor piloto (Ivan), para tentar a inédita proeza.

Após aquecer o motor de seu carro e dar algumas voltas pela pista do Autódromo e sob olhares de seus companheiros de equipe e outras pessoas presentes, a uma velocidade de aproximadamente 70 km/horários entrou na estrutura e deu início ao “looping” da morte. Mas um imprevisto aconteceu.

A estrutura “trabalhou” um pouco e o carro, após mais da metade da circunferência, “estolou”, indo bater com a suspensão dianteira na parte baixa da estrutura, após queda de aproximadamente 10 metros.

Em 2004, cobertura da Sema.

Ouviu-se o ruído de tábuas partindo-se. E o susto na ocasião foi grande. Conduzido para fora do Autódromo pelo jornalista Antonio Cipriano Bispo, para ser medicado (com pequenas escoriações), Ivan reclamando da falta de sorte comentava: “Não foi nada. Na próxima eu atinjo a velocidade perfeita e tudo bem”.

O “looping” foi fotografado pelo colaborador do Jornal do Automóvel Catta Preta. Um momento histórico que ficou registrado com exclusividade no Jornal do Automóvel.

Trinta anos depois, no dia 23 de setembro de 2004, o destaque da capa do Jornal do Automóvel foi o teste da Scenic 1.6 16V, e os destaques daquela edição foram a versão Por,sche para ralis, a nova linha de caminhões M-Bens Atego e os modelos Corolla e Courrier 2005.

E, trinta e cinco anos, no dia 24 de setembro de 2009, a chamada principal da capa foi a Ferrari F-458 que estreou no Salão de Frankfurt, o teste da semana foi o Kia Cerato e outro lançamento no salão internacional, o Peugeot BB1, um cenceito elétrico da montadora francesa.

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