Chevrolet Astra pra mais de metro

Quem para atrás do Astra da família Rodakoski no sinaleiro, nem dá bola para o carro. Parece apenas mais um Astra – apesar de bem cuidado e limpo – circulando na cidade. Quando o sinal abre, percebe-se que muitas pessoas olham o carro com cara de espanto e entusiasmo. Mas só é possível notar o porquê quando o Astra faz uma curva ou entra em alguma rua. Assim aconteceu com a reportagem do Jornal do Automóvel, que espantou-se com o Astra que “não parava mais de dobrar a esquina”. Júlio Cesar Rodakoski estava seguindo com sua limousine a um restaurante em Santa Felicidade, transportando noivos.

Júlio era dono de uma lan house no Alto Boqueirão quando seu filho teve uma súbita ideia, enquanto estava parado num sinaleiro, de construir um Astra limousine para atender casamentos e outros eventos especiais. A família decidiu tocar o projeto adiante. E como Júlio já estava cansado dos seis assaltos que já havia sofrido na lan house, decidiu vender o comércio e tocar o Astra como profissão definitiva e ganha-pão da família.

A família comprou o Astra sedan 2008 seminovo e foi pesquisar quem poderia transformá-lo. Acabou parando lá na S.R.S. funilaria, na BR-277, em Campo Largo (junto da Serjão Viaturas, ao lado do Posto Saguaru). Serge Santi, dono da funilaria, aceitou o desafio e montou a limousine para a família Rodakoski.

Serge explicou que toda a transformação foi artesanal. Primeiro, cortou a carroceria monobloco ao meio. Depois, produziu um miolo de carroceria que, segundo ele, é mais forte do que o restante original do carro. “Se baterem no meio, é quase uma parede, mais forte que as pontas”, brincou o empresário funileiro. A nova parte da carroceria saiu de novas chapas lisas e foi tudo dobrado e cortado à mão. Nada foi aproveitado de outro Astra. Tudo passou por um bom reforço, para evitar torções e quebras. Para não travar nas lombadas e outros obstáculos, o carro foi levantado em cerca de duas polegadas. As rodas foram substituídas por outras cromadas, aro 18. Para suportar o novo peso – cerca de 50% a mais que o peso original do Astra, ou seja, cerca de 1.200 quilos – a suspensão foi recalibrada.

Apesar de mais pesado, Júlio conta que o motor não foi alterado em nada. O propulsor 2.0 original conseguiu dar conta do novo peso, mesmo quando está transportando sua capacidade máxima de sete pessoas. O dono da limousine diz que, para conduzir o veículo especial, não precisou alterar nada na carteira. Só precisaria tirar nova habilitação caso o carro transportasse a partir de oito pessoas. Júlio descreve que os 4,3 metros do Astra sedan se transformaram em 6,5 metros. A distância entre eixos chega a quase cinco metros. “Só precisa de um pouco de atenção para conduzi-lo. Pelo comprimento, é quase como se fosse um pequeno ônibus”, diz o dono da limousine.

Luxo

Por dentro, o carro é puro luxo. Tem impecável tapeçaria e couro beges, detalhes em neon azul, bar equipado para servir seis pessoas, incluindo espaço para balde de gelo com champanhe e bomboniere (itens que ele presenteia a quem aluga o veículo), um som pioneer touch screen com uma tela ao lado do bar e uma televisão 22 polegadas, que sintoniza até canais HD. A televisão ainda permite a combinação com vários outros equipamento eletrônicos.

Atualmente em Curitiba, disse Júlio, existem outras três limousines. Uma delas é um Lincoln preto, que é originalmente uma limousine de fábrica e veio importado dos Estados Unidos. Os outros dois também são adaptações, como o Astra de Júlio, feitas por empresas paranaenses: uma Mercedes e um C300, este último, circulando na capital há cerca de três meses. Júlio revelou que a compra do carro, na época, não passou dos R$ 40 mil. Já a transformação chega a quase cinco vezes o valor do carro, contando com as adaptações e regularizações. Mas Júlio não se arrepende do valor salgado que pagou. Ho,je ele vive feliz com a nova profissão, que envolve toda a família.

Conheça um pouco mais da limousine em www.rlimo.com.br

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Giselle Ulbrich

Veja na galeria de fotos o carrão.

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