Atentado em 1993 domina debate eleitoral na Paraíba

A campanha eleitoral na Paraíba gira em torno de um fato que aconteceu em 5 de novembro de 1993: o atentado a tiros sofrido pelo ex-governador Tarcísio de Miranda Burity, hoje candidato a senador pelo PMDB.

O autor do atentado foi o então governador Ronaldo Cunha Lima, pai do candidato a governador pelo PSDB, Cássio Cunha Lima, líder nas pesquisas eleitorais. Ronaldo é senador e candidato a deputado federal pelo PSDB.

No programa eleitoral, nos comícios e panfletos, o principal tema abordado pelos candidatos do PMDB e do PT ao governo da Paraíba, respectivamente o governador Roberto Paulino e o deputado Avenzoar Arruda, bem como pelos candidatos ao Senado, é o atentado do Gulliver, numa referência ao restaurante onde Burity levou os três tiros disparados por Cunha Lima.

Os petistas e peemedebistas tentam associar Cássio a um esquema supostamente violento, que ainda conta com a participação do ex-governador Wilson Braga, candidato a senador pelo PFL, que fez um governo marcado por escândalos financeiros e pela morte do jornalista e empresário Paulo Brandão Cavalcanti.

O empresário era um dos donos do jornal Correio da Paraíba e foi assassinado com 30 tiros, disparados de uma metralhadora do Palácio do Governo, conforme ficou provado pela perícia da época.

Cássio tenta se defender das acusações atacando Burity, o ex-governador José Maranhão, que lidera as pesquisas para o Senado, e os candidatos a governador do PT e do PMDB. A todo tempo, ele lembra que Burity demitiu 28 mil servidores estaduais e atrasou o pagamento dos salários durante seis meses. Diz que Arruda é um candidato ?laranja? do PMDB e que Paulino fez uma má administração quando foi prefeito da cidade de Guarabira.

O tucano recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para impedir que os adversários o associassem ao episódio do Gulliver  no programa eleitoral da TV, mas o Tribunal não acatou o pedido.

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