Brasília ? A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que "serão mantidas equipes de plantão em todos seus postos, nos portos, aeroportos e fronteiras do país, conforme compromisso assumido pelo comando de greve da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps)".
Desde terça-feira (21), cerca de 2.500 servidores federais da Anvisa estão em greve. Segundo o representante do comando nacional de greve, Luís Carlos de Castilho, coordenador do Departamento de Vigilância Sanitária da Fenasps, as principais reivindicações são o enquadramento desses servidores na carreira dentro da Anvisa e a organização do plano de carreira.
"Fizemos uma mobilização no ano passado reivindicando plano de carreira e a redistribuição de 509 servidores que foram requisitados pela Anvisa há mais ou menos sete anos e que ela não quer enquadrar. Nós precisamos dessa mão-de-obra para dar garantia a nossas barreiras sanitárias", afirmou Castilho, em entrevista à Agência Brasil, na sexta-feira (24).
Os servidores, acrescentou ele, não estão liberando importações e atracação de navios nos portos. Nos aeroportos e fronteiras, apenas operação padrão. "Estamos atrasando vôos de passageiros e liberando apenas produtos considerados de essencial importância para a saúde da população."
A Anvisa, em nota divulgada na última quinta-feira (23), disse que está "aberta para atender ás reivindicações dos servidores, desde que sejam cumpridas as normas legais e atendido o interesse de servir à sociedade brasileira. Questões relacionadas a condições de trabalho, capacitação e valorização dos servidores e escala de plantões poderão ser acordados internamente na Agência".
A nota afirma também que as reivindicações constantes na pauta de greve "extrapolam a competência da instituição". "Essas questões estão sendo negociadas no âmbito do governo federal com ativa participação da Anvisa, como é de conhecimento de todos os servidores e entidades sindicais".