Anac abre mão das passagens aéreas gratuitas

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu mão do acordo de passe livre com as companhias aéreas, que lhe dava direito a passagens gratuitas todos os meses há cinco anos. O presidente da agência, Milton Zuanazzi, afirmou nesta segunda-feira (13) que a partir de agora as despesas serão pagas com o orçamento do órgão regulador da aviação comercial. Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que a Anac vinha recebendo em torno de 1.400 passagens por mês, sendo que na época do Departamento de Aviação Civil (DAC), antecessor da Anac, a média era de 600.

De acordo com Zuanazzi, em janeiro deste ano a Anac usou cerca de 600 passagens gratuitas, mesmo número registrado em janeiro do ano passado. Em outubro, o presidente da Anac afirma que o número de bilhetes foi de 1.500 e que no mesmo mês de 2005 quantidade foi de 1.400. Zuanazzi diz que na comparação com janeiro a outubro de 2005 com o mesmo período deste ano o crescimento dos passes livres foi de 8,2%.

A justificativa para a Anac ter usado 1.500 passagens de graça em outubro, conta Zuanazzi, foi a instalação da Anac, em Brasília. Nesse mês, ele diz que vários funcionários foram transferidos durante "semanas e semanas". Além disso, o presidente da agência listou como justificativa "várias crises na aviação".

"A Agência não vai mais usar os passes livres, nem para fiscalização nem para inspeção. Nós vamos pagar as passagens dos nosso funcionários para onde tiverem de ir no Brasil ou no exterior", afirmou Zuanazzi. Segundo ele, essa decisão de abrir mão do passe livre está prevista numa portaria. "Nós achamos que não devemos mais usar isso. É uma relação que não queremos mais mantê-la", acrescenta. Ele não soube estimar qual seria o gasto com a compra das passagens e que informou que o orçamento da Anac ainda está sendo discutido no Congresso.

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