Aécio insiste em cobrar descentralização de recursos

Ao tomar posse para mais um mandato à frente do Palácio da Liberdade, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), apresentou os pilares do discurso que vai sustentar nos próximos quatro anos, com o objetivo de se viabilizar como presidenciável em 2010. Além de insistir na cobrança por um novo pacto federativo, bandeira que o acompanha desde o início do primeiro mandato, Aécio fez uma defesa da sua gestão, comparando indicadores alcançados no Estado com dados nacionais. Também citou o filósofo grego Aristóteles, para dizer que ?a política é inseparável da ética?.

No discurso de posse, Aécio enfatizou que o ?ponto crucial? de sua nova jornada será a luta pela desconcentração dos recursos hoje nas mãos da União. Para ele, somente com a repactuação da Federação e com a ?tão sonhada justiça tributária?, Estados e municípios terão autonomia administrativa.

?Não haverá crescimento verdadeiro, não haverá desenvolvimento consolidado, não haverá democracia plena enquanto não refundarmos o pacto federativo e os princípios norteadores da República brasileira?, advertiu, acrescentando que os avanços de que o País necessita dependem da ?coragem de desconcentrar recursos?.

Choque de gestão

Num contraponto à administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – acusada de ser ineficiente pela oposição -, Aécio apresentou dados do chamado choque de gestão, que promoveu o saneamento das finanças estaduais. Segundo ele, o Estado está pronto para um novo ciclo de desenvolvimento. ?Minas tem rumo?, afirmou.

De acordo com Aécio, as receitas próprias cresceram sem aumento da carga tributária, permitindo que o Estado reduzisse sua dependência em relação ao governo federal. O governador tucano diz preparar um novo choque de gestão e quer fazer da administração pública a ?vitrine? de seu governo.

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