Advogados do ex-chefe do Departamento de Administração e Contratação dos Correios Maurício Marinho protocolaram, na Procuradoria Geral da República (PGR), ação pedindo a investigação do vazamento de informações do depoimento feito em segredo de justiça por Marinho no Ministério Público Federal.
Reportagem publicada na imprensa esta semana afirma que, em seu depoimento, Marinho teria dito que o deputado Roberto Jefferson seria o responsável pelo suposto esquema de corrupção nos Correios e em outras estatais.
No documento protocolado na PGR, Marinho alega que não assume qualquer responsabilidade pela divulgação da matéria. "Em defesa da sua honra, pois não pode, a cada momento, ser tido por mentiroso, afirma que explicitou aos senhores procuradores tudo o que falara na CPMI dos Correios e não acusou o deputado federal Roberto Jefferson ou qualquer outro parlamentar de comandar esquema de corrupção em órgãos públicos", diz o documento apresentado à PGR.
Na ação protocolada pelos advogados, é pedida a instauração de medidas para que o conteúdo do depoimento continue em segredo de justiça. O texto afirma que Maurício Marinho "resolve colaborar com o País e limpar sua honra, especialmente junto aos seus familiares" e que "o depoimento foi sobre fatos concretos, facilmente comprováveis em investigação séria".
Ontem, o líder do PTB na Câmara, José Múcio (PE), leu, em plenário, ofício de Maurício Marinho rebatendo as informações publicadas na imprensa. Marinho reclamou da divulgação do seu depoimento e diz "não ter acusado o deputado Roberto Jefferson ou qualquer outro parlamentar de comandar esquema de corrupção em órgãos públicos".
Em função da reportagem, Maurício Marinho deverá ser chamado, novamente, para prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios.