Advogado de Flávio Maluf critica “excessos” na prisão

Flávio Maluf, filho mais velho do ex-prefeito Paulo Maluf, chegou algemado neste sábado, as 8h30, à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Quatro viaturas trouxeram Flávio que, assustado, evitou dar entrevista. O advogado de Flávio, José Roberto Batocchio acompanhou o cliente e lamentou os "excessos" na prisão.

"Ele (Flávio) não é perigoso, não é violento e não ia fugir porque se apresentou à PF", afirmou. Perguntado sobre o uso das algemas em seu cliente, o advogado ironizou. "Aqui nós gostamos e queremos algemar todo mundo. É um excesso que não cabe a mim responder", disse.

Segundo Batocchio, Flávio se apresentou ao agentes da PF na madrugada de hoje. Perguntado se tentaria libertar o cliente por meio de habeas-corpus, Batocchio foi evasivo. "Primeiro preciso conhecer os decretos da prisão e isso deve ocorrer na segunda-feira, disse.

Mala

Roque Carneiro, secretário particular de Paulo Maluf chegou nesta manhã à PF com uma grande mala para o ex-prefeito. Segundo Carneiro, eram apenas pertences pessoais. Ele disse que não chegou a falar com Maluf. "Não o vi, mas como trabalho com ele há 38 anos, tenho certeza que está tranqüilo. Segundo o assessor, afirmou que a família do ex-prefeito não se abalou. Maluf se entregou à PF no início da madrugada deste sábado.

A prisão dos Maluf foi ordenada para "conveniência da instrução criminal". Eles estariam agindo intensamente para ocultar provas ou intimidar testemunhas que podem incriminá-los na investigação sobre

US$ 161 milhões que teriam enviado ilegalmente para os Estados Unidos. A juíza Silvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, acolheu integralmente denúncia apresentada pela Procuradoria da República e abriu processo contra os Maluf e também contra o doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi, e o ex-tesoureiro da empreiteira Mendes Júnior, Simeão Damasceno de Oliveira.

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