Advogada deixou relatório de 1.059 páginas na CPI do Tráfico de Armas

A advogada de Araraquara Ariane dos Anjos investigada por suposta associação a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) disse hoje, em entrevista ao Estado, que deixou um relatório com 1.059 páginas aos deputados da CPI do Tráfico de Armas, em Brasília. Ela depôs ontem, durante três horas, principalmente sobre seu envolvimento com o líder da quadrilha, Marcos Camacho, o Marcola. O material será analisado pelo relator da CPI, deputado Paulo Pimenta (PT/RS)

"Deixei um histórico com dia, horário e toda a prestação de contas de cinco clientes meus citados pela imprensa como membros de facção", diz Ariane. Além de Marcola, constam nessa lista Robson Ferreira, o Marcolinha; Luiz Henrique Fernandes, o LH; Valdeci Alves dos Santos, o Colorido e Abel Pacheco, o Vida Loca. No documento ainda foi anexada uma lista com cerca de 20 processos vencidos pela advogada. Esse trabalho, segundo ela, lhe deu notoriedade. Por isso foi indicada para trabalhar com outros do sistema prisional

Na próxima semana, Ariane promete encaminhar aos deputados toda a contabilidade a partir de 2003 com o nome e os valores pagos por cada um de seus clientes. A intenção da advogada é desvincular a denúncia de que receberia pagamento da facção. Inclusive, citará o trabalho realizado para Priscila Maria dos Santos, suspeita da morte do juiz-corregedor, Antônio Machado José Dias, de Presidente Prudente, em 2003. Um dia depois de depor na CPI, a defensora de Marcola acompanhou a repercussão na imprensa e recebeu mensagens de apoio de amigos e familiares. "Eu acho que provei aos deputados que não tenho vínculo com o PCC.

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