O empresário Abel Pereira negou nesta quinta-feira (23), no depoimento à CPI das Sanguessugas, as acusações feitas pela família Vedoin de que ele intermediava a liberação de emendas para a saúde com o então ministro Barjas Negri, em 2002. Pereira, segundo a Agência Câmara, disse que esteve no ministério apenas uma vez, acompanhado do então prefeito de Jaciara (MT), que precisava liberar verbas para a construção de um hospital no município.
O empresário disse desconhecer as empresas para as quais a família Vedoin teria repassado dinheiro em nome dele. "Não conheço essas empresas, não tenho contato com elas, nem sequer sei se existem." Pereira, ainda de acordo com a Agência Câmara, também disse que já colocou à disposição o seu sigilo bancário e fiscal.
Ele confirmou que foi procurado por Luiz Antônio Vedoin em agosto passado, e que este lhe ofereceu documentos que comprometeriam o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) com a liberação de verbas para a saúde. Segundo Abel, Vedoin queria repassar essa documentação ao PSDB. "Esse encontro foi totalmente inútil para o Vedoin. Não dei importância, não me interessou o que ele ofereceu", disse Abel. A reunião da CPMI prossegue no Senado.