VMB reduz voto do público e convoca grupo de ‘notáveis’

O Video Music Brasil, ou VMB, prêmio de música do canal MTV, quer reconquistar o posto de melhor premiação do segmento nesta 17ª edição, que será realizada no dia 20 de outubro, quinta-feira, a partir das 22h. E quer fazer isso com muito barulho: sete shows, reunindo 29 artistas, em três palcos diferentes. Tudo ao mesmo tempo. Também serão duas transmissões simultâneas: uma para TV, apresentada por Marcelo Adnet, e outra na web, via streaming, no site do canal, desta vez capitaneada por Bento Ribeiro, também VJ da casa.

A principal mudança no VMB, porém, não é o formato da premiação, mas, sim, quem serão os premiados. Principalmente porque desde 2007, a audiência teen começou controlar os grandes vencedores, através dos votos pela internet. A atuação maciça de fãs-clubes nas votações deixou emissora e prêmio reféns de bandas de qualidade às vezes questionáveis. Uma armadilha que só poderia ser desmontada tirando um pouco da democracia do processo de escolha de premiados.

Numa espécie de “golpe de Estado” do bem, a MTV convocou um grupo de 104 “notáveis”, nas palavras do diretor de programação Zico Goes, para escolher os vencedores de sete das 11 categorias. Esse grupo de jornalistas, críticos, artistas, formadores de opinião de moda e artes fizeram suas escolhas para Melhor Disco, Melhor Música, Melhor Capa, Aposta, Revelação, Artista do Ano e Clipe do Ano.

Aos espectadores/internautas, que antes detinham o poder nas mãos, restou escolher o Hit do Ano, o Webhit, o Webclipe e o Artista Internacional. “O que fazemos é um filtro, uma premiação mais focada, menos democrática. Temos menos voto popular, mesmo, foi uma decisão nossa. Mas ainda há uma participação efetiva da audiência”, explica Goes.

É preciso lembrar que, no ano passado, a banda de rock colorido Restart faturou os cinco prêmios mais importantes – Artista Pop e do Ano, Clipe e Hit do Ano, e Revelação, o que gerou até algumas vaias do público presente no Credicard Hall, cansado de ver os garotos de calças de cores vibrantes subirem ao palco repetidamente.

Neste ano, tudo promete ser diferente. Os mais indicados já apresentam outro perfil. Marcelo Jeneci e seu disco pop tropical “Feito Pra Acabar” e o rapper/cantor Criolo, com o eclético “Nó na Orelha”, reúnem, juntos, cinco indicações. Atrás deles vem NX Zero, já velhos conhecidos dos tempos de voto de audiência, mas, desta vez, destacados pelo trabalho ousado em “Projeto Paralelo”, que mistura o rock do grupo com rappers nacionais e internacionais. Prêmios por gêneros musicais, como rap ou rock, foram extintos. “Teremos indicados variados, que abrangem os estilos”, diz o diretor musical da emissora e do prêmio, Alessandro Melo. As informações são do Jornal da Tarde.

Prêmios Nobres

Melhor Disco

“Blunt Force Trauma”, Cavalera Conspiracy

“Nó Na Orelha”, Criolo

“Toque Dela”, Marcelo Camelo

“Feito Pra Acabar”, Marcelo Jeneci

“Projeto Paralelo”, NX Zero

Revelação

Apanhador Só

Criolo

CW7

Marcelo Jeneci

Tulipa Ruiz

Artista do Ano

Criolo

Emicida

Marcelo Camelo

Marcelo Jeneci

NX Zero

Melhor Música

“Não Existe Amor em SP” (Criolo)

“Ôô” (Marcelo Camelo)

“Feito Pra Acabar” (Marcelo Jeneci )

“Pra Sempre” (Marina Lima )

“Só Rezo 0.2” (NX Zero)

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