Violência é a dinâmica de Sin City, cidade do pecado

Criatividade visual. Esse é o grande acerto do filme que entrou em cartaz neste final de semana em todos os cinemas do País. Inspirado nas histórias em quadrinhos do cultuado Frank Miller, Sin City – A cidade do pecado (Sin City), chega às telas inovando em tecnologia e apostando em muita violência. Dirigido por Robert Rodriguez, pelo próprio Miller, e com a participação especial de Quentin Tarantino, a obra apresenta aos espectadores contos urbanos de desajustados, heróis e mulheres imorais num ritmo acelerado.

A cidade, título do filme, existe em preto e branco, num mundo cheio de violência e de contrastes profundos. A história, criada em 1991, por Frank Miller, se tornou um dos contos gráficos de sua geração, e arrebatou fãs em todo o mundo. Para a adaptação no cinema, os diretores se basearam em três contos, que, sutilmente vão se intercalando.

A violência é a dinâmica na cidade do pecado, e isso pode ser observado a cada momento. A comparação pode ser óbvia, mas sem todo o aparato visual e efeitos especiais, a obra remete ao antigo sucesso de Tarantino dos anos 90s, Pulp Fiction. Diálogos inusitados, humor sarcástico e sangue para todo o lado. Nas seqüências de luta entre personagens há um verdadeiro derramamento de sangue, que com os efeitos visuais em preto e branco mais parece ?leite? sendo jorrado.

Alexis Bledel é
Becky. Jovem é
um dos novos talentos.

Para quem não é fã dos quadrinhos da Marvel, ou não simpatiza com as últimas produções do diretor Robert Rodriguez (A balada do Pistoleiro, Era uma vez no México, Pequenos Espiões, As aventuras de Shark Boy e Larva Girl), o filme pode não ser um bom programa.

Nessa nova obra, Rodriguez segue o caminho já trilhado pelo amigo Quentin Tarantino, mostrando que a diversidade faz parte do seu trabalho. Tal qual uma revista de quadrinhos, os diretores transportaram cada ?frame? do desenho para as telas, num trabalho cuidadoso e audacioso. As interpretações ficam em segundo plano com as seqüências miralorantes que se sucedem.

Figurinhas carimbadas como Bruce Willis (John Hartigan), Clive Owen (Dwight), Mickey Rourke (Marv) e Benicio Del Toro (Jack Rafferty), e novos talentos de Hollywood, como Brittany Murphy (Shellie), Elijah Wood (Kevin), Alexis Bledel (Becky), Josh Harnett (O vendedor), Jessica Alba (Nancy) e Rosario Dawson (Gail), fazem parte do elenco.

Para quem vai ao cinema, é melhor se divertir, despreocupado com a intenção de assistir um filme ?cabeça? ou um enredo muito inteligente. É inovador e, só isso já justifica a saída de casa. Esse é o diferencial que coloca Sin City no topo dos filmes baseados em histórias em quadrinhos. Toda a riqueza dos detalhes dos gibis foram transportados para a grande tela. Como diversão, é uma boa pedida.

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