Versalle, Seeed, Dingo Bells e grupos menos conhecidos são destaques no Lolla

Sãos três sensações possíveis diante de um show de rock. A confirmação, a frustração e a surpresa. Noel Gallagher confirmou o que esperavam: um show ótimo quando cantou Oasis e irregular quando não. Albert Hammond Jr, o guitarrista do Strokes, frustrou ao fazer cover de si mesmo. E uma lista que começa com Dingo Bells, passa por Versalle, Maglore, The Joy Formidable e termina em Seeed garantiram a redentora experiência da descoberta.

Poucos ali conheciam o Seeed quando essa big band alemã apareceu no palco Axe. A princípio parecia investir em uma farofada gringa, com três vocalistas dançando passinhos ensaiados à frente de um grupo grande, com um quarteto de metais, percussão, bateria, guitarra, baixo e um quinteto de tocadores de caixa absolutamente incomum, vestindo ternos e dançando como se estivessem em uma rua de New Orleans.

Mais algum tempo eles lembram os ingleses do UB-40, com o cantor ruivo Peter Fox fazendo o papel de Ali Campbell. O som ganha mais vigor, os cantores passam a mostrar que não estão ali por acaso e a música cresce. Eles trafegam em um terreno de reggae lento, outros quase skas, aumentam para o reggaton, chegam ao house. Não se parecem com nada no festival e vão ganhando fãs com uma rapidez enorme. Logo, são o Seeed, um grupo de uma potência inebriante.

Vindo do País de Gales, o The Joy Formidable fez, no sábado, 12, o melhor show do palco Axe. O trio de indie rock tem em Ritzy Bryan (voz e guitarra) um grande trunfo. Ela soube como estabelecer empatia imediata com uma plateia composta por muitos curiosos e ganhou a plateia. O terceiro álbum da banda, Hitch, deve ser lançado no fim deste mês. Promete.

O Versalle e o Maglore têm seus caminhos a percorrer, mas mostraram consistência para escalar montanhas. Para eles, o palco do Lolla foi uma escola.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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