Tatiana Monteiro é um dos destaques de Bang Bang

Ela canta, dança, sapateia e não se cansa. Tatiana Monteiro é do tipo hiperativa. Não por acaso, o convite para viver a Elga, uma das meninas da trupe de Vegas Locomotiv, de Giulia Gam, em Bang Bang, caiu como uma luva no perfil da atriz. Tatiana sempre foi assim, desde que ensaiava os primeiros passos no universo artístico, já aos cinco anos de idade, em peças encenadas ainda no pré-escolar. ?Meu primeiro papel foi o de uma flor em uma montagem de Branca de Neve e os Sete Anões?, recorda. Um papel tão singelo quanto este primeiro é raro na carreira da atriz. Desde então, Tatiana sempre assumiu papéis mais expressivos, tanto por seu temperamento ?agitado?, quanto por seu jeito, que ela define como de boneca gigante, em função do biotipo, avantajado desde a infância. Hoje, aos 25 anos, tem generosos 1,77 m de altura. ?Eu sempre fui muito alta para fazer uma princesa. Então, acabei fazendo todas as bruxas: fui Malvina, Maligna, Euvira…?, diverte-se.

Para quem se aperfeiçoou em interpretar bruxas nos primeiros anos de carreira, fazer uma ?menina de vida fácil? em um faroeste não foi muito complicado. Ainda assim, Tatiana não se prendeu a possíveis estereótipos da personagem, uma dinamarquesa que não economiza no figurino com motivos tigrados e peles, apesar do calor da fictícia Albuquerque.

Para compor a Elga, Tatiana pensou em uma personagem à sua maneira, meio ?pin-up?, que ela define como um misto de musas do desenho como Betty Boop, Jessica Rabbit e Radical Chic. Mais do que uma impressão visual, porém, a atriz procurou emprestar ao papel a própria essência. ?Uma característica que eu costumo trazer é a minha alegria, uma descontração natural. E tinha tudo a ver com a Elga?, conta.

O modo expansivo valeu a Tatiana Monteiro um vínculo com a célebre cena teatral da Broadway, que acabou marcando a vida da atriz. Em 1999, ela partiu para Nova Iorque para fazer um curso de teatro que duraria 15 dias. Acabou ficando por lá nos três meses seguintes. Daquela época para cá, Tatiana conseguiu uma bolsa de estudos na escola Broadway Dance Center, válida até 2008, e, em função disso, vai a Manhattan sempre que pode, para exercitar a diversidade de expressões artísticas, característica que considera sua marca registrada. ?Eu sempre gostei de musicais, onde eu posso cantar, dançar, sapatear, usar todas as expressões possíveis?, traduz.

Num retorno dessa ponte-aérea, no final de 2004, a atriz chegou a ser sondada para viver a Mercedes em América, papel que foi redefinido para uma pessoa um pouco mais velha e ficou com a atriz Rosi Campos. Meses depois, porém, viria o convite para integrar o elenco de Bang Bang.

Convite sedutor, diga-se de passagem, para uma atriz ligada à dança e que acabou se identificando com as exibições de cancã da trupe da novela. Nem mesmo os problemas com os índices de audiência, considerados baixos pela Globo, diminuem o carinho da atriz por Bang Bang. Ela garante que, da mesma forma, o restante do elenco em nenhum momento se deixou influenciar por quaisquer problemas relacionados à baixa popularidade da trama. ?Imagina… Infelizmente a gente fez uma novela diferente e isso assustou o público. Mas qualquer trabalho está sujeito a críticas e a gente tem de seguir em frente?, pondera.

Seguir em frente para Tatiana Monteiro significa, num primeiro momento, voltar o quanto antes para Nova Iorque. Lá, como forma de usufruir da melhor maneira possível a bolsa de estudos que ganhou, a atriz participa de workshops com profissionais da dança e do teatro de várias partes do mundo, assiste e ministra aulas. Com um pé nos Estados Unidos e outro no Brasil, Tatiana tem planos de pôr em prática, ao final das gravações de Bang Bang, um pouco da experiência adquirida no exterior. ?Eu tenho projetos de fazer dois musicais, um infanto-juvenil e outro adulto. Vamos ver o que rola primeiro?, adianta.

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