Ser DJ não é profissão das mais fáceis

Não dá para negar que a música eletrônica é uma febre em todo o país. É exatamente por causa dela que têm surgido a cada ano inúmeras casas noturnas e festas que se dedicam a este estilo musical. Conseqüentemente, tem crescido também o número de disc-jóqueis (os famosos DJs); uma profissão que vem se popularizando muito nos últimos tempos.

Para uns, ser um disc-jóquei é sinônimo de vida boa: além de curtir diversas baladas, a pessoa vive rodeada de gente bonita, já que é considerada o grande astro da noite. Mas se enganam aqueles que pensam que vida de DJ é uma moleza só. Os cachês são baixos, a dificuldade para encontrar um lugar para tocar é grande e há um mercado muito competitivo à sua espera. Como se não bastasse, o preço dos equipamentos também é alto. "Trabalhar na noite não é tão fácil como muitos imaginam. Além de ser prejudicial à saúde e ter de trocar com freqüência o dia pela noite, é um tipo de atividade que requer um investimento muito alto e poucas chances de retorno", diz o DJ Dudu Schwab o disc-jóquei de maior expressividade. Segundo ele, os preços dos equipamentos para dj variam muito de preço e também de qualidade. Confira alguns exemplos de custo dos equipamentos básicos para DJ:

Uma pick-up da Numark um modelo padrão não sai por menos de R$ 540,00 e a mais cara sai por R$ 5.000,00.

Um mixer da Behringer mais barato do mercado sai por R$ 675,00 e um da Pioneer DJm600 sai por uma quantia de R$ 5.200,00.

Fone de ouvido da Stanton que é um dos melhores, custo benéfico, sai por R$ 118,00 e um da Technics, um dos melhores do mercado, custa em torno de R$ 400,00.

Além desses equipamentos, ainda há o custo com os discos vinil – uma outra ferramenta muito importante para o trabalho deste profissional – já que, a cada semana, são lançados aproximadamente 60. DJ Dudu Schwab comenta também que a princípio, deve-se procurar um bom curso para aprendizado das técnicas e observar sempre o trabalho daqueles já consagrados, mas sempre mantendo sua personalidade. Captar qualidades e eliminar defeitos é uma grande sacada, ressalta Dudu: "A pessoa deve ter muito profissionalismo, pontualidade, responsabilidade, afinal, ainda que nem sempre bem remunerado o DJ é e sempre será o coração de um club".

Escolas para DJ?s

O crescente interesse pela profissão abriu possibilidades para um novo segmento: o ensino da arte de ser DJ. Escolas e cursos, a internet está cheia deles. Mas há também os não virtuais.

Há aulas práticas e teóricas, onde são ensinadas as técnicas, o histórico, os estilos e tudo mais. É um bom começo para quem deseja se tornar um disc-jóquei, como hobby ou ganha-pão. Os módulos variam de acordo com a experiência do aluno e, em geral, são ministrados por DJs experientes que, além das aulas, trabalham na noite. São freqüentados por homens e mulheres, com as mais diversas profissões e estilos de vida. Há desde empresários e comerciantes a estudantes ginasiais.

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