Scooby-Doo x Richard Gere

De um lado, a superprodução Scooby-Doo, versão para a telona do clássico de Hanna-Barbera. Do outro, A Última Profecia, mais um filme “intrigante”, na trilha consagrada por O Sexto Sentido, Os Outros e Sinais. São as duas grandes estréias de hoje nos cinemas.

Depois de oito anos, o diretor Raja Gosnell e os produtores Charles Roven e Richard Suckle conseguiram realizar o sonho de fazer o longa-metragem do desenho animado de maior longevidade da TV americana. “Achamos que já era hora de aproveitar a incrível evolução dos efeitos visuais nos últimos anos e criar um Scooby real”, conta Roven. “Combinando imagens geradas por computação gráfica e ação ao vivo, pudemos fazer jus ao desenho da TV e dar ao público uma boa idéia de como seriam Scooby e sua turma se existissem no mundo ‘real’ hoje em dia”.

Ele reconhece que adaptar o cachorrão medroso para o cinema seria um enigma tão difícil quanto aqueles enfrentados pela Mistério S/A, a empresa de investigação da turma. “É uma responsabilidade enorme fazer uma versão “em carne e osso’ de um ícone da cultura pop como Scooby-Doo”, admite. “Queríamos não só atender às expectativas dos fãs e incorporar ao filme o que é tradicional do desenho, como também dar profundidade aos personagens e seus relacionamentos”.

Para isso, chamaram o roteirista James Gunn, outro scoobymaníaco e o diretor Raja Gosnell (Vovó…Zona e Nunca Fui Beijada), que procuraram montar uma história fiel ao desenho, mas ao mesmo tempo coerente e verossímil. Assim surgiu a idéia do desentendimento da turma no início do filme, que provoca o fim da Mistério S/A.

Mas logo Scooby e seus antigos companheiros Fred, Daphne, Salsicha e Velma são chamados à Ilha do Terror, um grande parque temático às voltas com uma série de incidentes inexplicáveis. Preocupado com a possibilidade de as “assombrações” espantarem os visitantes, o proprietário Emile Mondavarious (Rowan Atkinson, o Mr. Bean) reúne os jovens detetives, que vão ter que superar as diferenças para decifrar o mistério.

Profecia

Numa linha oposta, A Última Profecia investe no suspense sobrenatural, ao contar a história de um repórter (Gere) que perde a mulher num acidente de carro. Antes de morrer, ela conta sobre uma visão que a aterrorizou, uma enorme criatura alada de olhos vermelhos. Dois anos depois, o viúvo vai parar em Point Pleasant, uma cidadezinha em que praticamente todos os moradores também estão tendo alucinações. Ele mesmo passa a receber ligações telefônicas sobre desastres, que culminam numa tragédia com dezenas de mortos. A história é baseada em fatos que realmente ocorreram em Point Pleasant nos anos 60.

Na Cinemateca de Curitiba, estréia Waking Life, que está sendo considerado o mais sofisticado desenho animado adulto dos últimos anos. Utilizando uma antiga técnica de digitalização, o rotoscope, o desenho é “cabeça”, fala do desencanto existencial, e estaria a anos-luz das megaproduções de Hollywood.

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