Romantismo de segunda mão

A nova aposta da Band não poderia ser mais antiga. O reality show É o Amor, que estréia na emissora nesta terça-feira, às 22 horas, promove encontros e reencontros amorosos. De quebra, dá chance às pessoas de pedirem perdão por algum erro cometido ou fazerem declarações apaixonadas ao ser amado. É uma receita incansavelmente repetida pela tevê, em programas como Namoro na Tevê, de Silvio Santos, ou quadros piegas como Loucura de Amor, de Gugu Liberato. Mas a apresentadora Patrícia Maldonado se esforça para mostrar que o reality não é uma simples produção sobre namoro como tantas outras. ?Vai muito além disso. Temos até o caso de um homem que foi ao programa agradecer à esposa por ter lhe doado um rim?, valoriza.

Uma parceria da Band com a Endemol Globo, ?É o Amor? é a versão de All You Need Is Love, reality de sucesso em diversos países do mundo. O tema é batido, mas universal. Tanto é que o programa já está no ar há 16 anos e agradou os telespectadores em países como Espanha, Holanda, África do Sul, Estados Unidos e México. ?Foi sucesso nos países em que foi apresentado, mostrando que a cultura local não interfere num tema que é universal?, conclui Carla Affonso, diretora geral da Endemol Globo.

Elisabetta Zenatti, diretora geral de programação e artístico da Band, não fala sobre os custos do reality show. Mas adianta que este é um dos programas mais dispendiosos da emissora. ?É caro por conta das muitas viagens e das gravações em externa?, contabiliza. Um artifício utilizado em É o Amor é o Trailer do Amor, um estúdio móvel, pintado nas cores vermelho, laranja e amarelo, com a logomarca do programa. O veículo já está percorrendo o Brasil para levar, em forma de vídeo, mensagens aos envolvidos. A produção promete explorar histórias que vão além do território nacional. ?Estamos com vários casos bem legais fora do país e vamos seguir para o exterior sim?, conta Patrícia.

É o Amor chega à grade com a tarefa de disputar as atenções do público nas noites de terça-feira. Tem uma hora e 30 minutos de duração e é dividido em três blocos, quando são mostradas de cinco a oito histórias. O programa é gravado e conta com cenas em externa e no auditório, com platéia de 150 pessoas. Os interessados em abrir seu coração frente às câmaras podem se candidatar através do site ou de uma caixa postal. A partir daí são feitas diversas entrevistas com a pessoa, para que seja constatada a veracidade de suas palavras. A produção não quer história com cara de armação. ?O candidato não pode estar mentindo de jeito nenhum para a gente?, enfatiza a apresentadora.

Patrícia conta que mesmo ainda não tendo estreado, o reality show já atrai a atenção do público. ?Estou surpresa com o número de inscrições?, comemora. Casais formados por pessoas do mesmo sexo também poderão se inscrever no programa e uma vez selecionados, os participantes terão suas histórias contada em um dos mais de 200 quadros de É o Amor. ?É um formato com muitas possibilidades de inovação?, defende Carla.

As situações de reencontros, os pedidos de desculpas, de reconciliação e as declarações de amor são exibidas nos diferentes quadros que compõem o programa. Entre as opções estão o Serenata, que é proposto para duas pessoas que já têm um relacionamento, o A crise, que ajuda pessoas que estão atravessando problemas no relacionamento, e o Amor à longa distância, que promove a reunião de casais que vivem distantes.

É o Amor – Band, estréia nesta terça-feira, às 22 horas. 

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