Roberta Rodrigues dá a receita para fazer marmanjos babarem

Roberta Rodrigues não hesita quando perguntada se já viveu um caso com alguma pessoa comprometida. “Quem nunca viveu um relacionamento a três?” responde a Vanúbia da novela Salve Jorge, para completar em seguida: “ mas se descubro que a pessoa tem outra, eu deleto. É um sofrimento desnecessário”. A atriz não é atirada como sua personagem moradora do Complexo do Alemão, mas já teve sua fase namoradeira e deu muito trabalho aos pais.

Roberta conta que fugia da mãe na adolescência para ir aos bailes funk e que gosta de promover o “sábado da Maria Vanúbia”, dia em que ela e as amigas tomam banho de borracha e pegam sol na laje de sua casa, no Vidigal, no Rio de Janeiro.

O que saiu da Roberta do Vidigal para a Vanúbia do Complexo do Alemão?

Tem de tudo no Vidigal. Da crente à periguete. E lá tem, sim, meninas como a Maria Vanúbia. A personagem não é estereotipada. Tem menina que dança de perna aberta, dá em cima do namorado da outra, começa a brigar do nada. Eu tenho uma amiga que segura no telefone e fala como se fosse um rádio: “E aí, parceira?” (imita a amiga). A Maria Vanúbia é uma reunião das minhas amigas.

Como você chegou a esse cabelo da Vanúbia?

Meu cabelo era cacheado e eu já usava mega, quando fiquei sabendo que precisava alisar, me deu uma dorzinha no coração. Mas fui consolada pelo (cabeleireiro) Flávio Priscott, que fez o mega e é um gênio. Amei o resultado, mas demorei a me reconhecer (risos). Não me vejo mais com o cabelo cacheado.

Quanto custa fazer isso?

É caro. E tem que ter o cuidado de não clarear o cabelo, usar o mega já com fios claros. Mas eu tenho amigas que eram totalmente contra e, depois que coloquei o mega, elas descobriram salões mais baratos. Você faz uma economia de três meses e coloca. Tem lugar em Nova Iguaçu que cobra R$ 300 pela mão de obra e R$ 300 pelo cabelo. Viramos “as mega” (risos).

Vale mais um cabelão que bunda grande?

O que faz a mulher é o cabelo. Passei a infância botando toalha na cabeça, eu queria ter cabelão. Mulher não precisa de bunda grande, a bunda ficou banal, são tantas… O bom é ter cabelão.

Você malhou para ficar com esse corpão?

Sim, mas tive que dar uma secada para a novela. Tenho muitas cenas na laje, de biquíni e eu não tenho aquele corpo sequinho das atrizes.

Você já pegou sol na laje?

Já, claro! Outro dia minhas amigas me ligaram de manhã cedo pra fazer o “sábado da Maria Vanúbia”. Chegaram lá em casa, aí pegamos o Doura Pelos, tinha uns meninos soltando pipa lá em cima, ficaram todos olhando. Colocamos um funk, tomamos banho de borracha, pedimos quentinha pra entregar. Dou graças a Deus de morar no morro. Curto a vida assim.

E o esparadrapo que a Maria Vanúbia usa?

Não uso. Estou sofrendo com essas cenas na laje e tenho noia com coisa de protetor. Fico horas na laje e o sol no Alemão é forte, tem pouco verde, pouca sombra. Mas as meninas do Complexo usam. É só pegar o teleférico e dar uma volta no Alemão pra ver as meninas na laje com fio dental ao extremo pegando o sol de cada dia, amém!

Você leva muita cantada?

Aconteceu uma situação bizarra em Ipanema. Um cara chegou por trás, passou a mão do meu cabelo até o final do meu corpo e falou: “Eu precisava saber se a Maria Vanúbia era de verdade”. Minha amiga ficou horrorizada, dizendo que ia dar porrada nele. Foi uma grande falta de respeito. Outro dia chegou um menino e me disse que tinha o maior tesão na Maria Vanúbia, mas que não tinha tesão nenhum em mim.

Voltar ao topo