Obras de Calderari no Museu da Gravura

A Sala do Acervo do Museu da Gravura de Curitiba abriga desde ontem o catálogo e exposição Fernando Calderari Gravuras, da crítica de arte Nilza Procopiak. A obra registra a trajetória na arte da gravura de um dos artistas mais produtivos do Paraná. A iniciativa integra o programa Acervo Exposições 2006, desenvolvido pela diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba.

Resultados de minuciosa pesquisa realizada por Nilza Procopiak, o catálogo e a exposição reúnem dados coletados em grande parte no Centro de Documentação para Pesquisa do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, complementados com material disponível no Centro de Documentação Guido Viaro da Fundação Cultural de Curitiba. A mostra conta com vinte obras do artista, sendo 18 gravuras em metal, mais uma talha e uma escultura, dando enfoque principal ao trabalho como gravador.

?Os critérios que nortearam o trabalho foram fundamentados, em se tratando da documentação, na busca da fonte, ou seja, dos documentos originais. Isso foi feito até onde foi possível, sendo revista principalmente a vasta listagem das exposições coletivas das quais Fernando Calderari participou, devido ao seu intenso trabalho como artista. Na ausência de original comprovando, em seqüência, o ano, o nome correto da exposição e o local, o evento foi desconsiderado. A ausência de um só dado foi suficiente para o cancelamento da exposição na relação?, explica Nilza.

Fernando Calderari é considerado o grande divulgador da gravura no Paraná. Por isso, os trabalhos reunidos na mostra de mesmo nome do catálogo destacam essa faceta de sua produção artística. ?Calderari está representado no acervo da Fundação Cultural de Curitiba com obras que testemunham o trânsito seguro e livre por diversos percursos da figuração e da abstratação, na gravura e no metal, na xilogravura, na pintura em tela ou na madeira entalhada?, conta Christine.

Nas gravuras selecionadas para a mostra, Calderari dá uma verdadeira aula de como manipular os materiais. Fazendo uso da água-tinta, processo inventado para destacar os planos da chapa de metal e não as linhas, o gravador consegue criar superfícies que parecem aquarelas ao contrário. 

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