O Sexo Oposto no Fantástico

O Fantástico aposta que as diferenças entre homens e mulheres podem fazer rir. Hoje, o programa estréia o quadro Sexo Oposto, com a proposta de mostrar de uma maneira bem-humorada, mas com base científica, o que difere o sexo feminino do masculino. Fernanda Torres e Evandro Mesquita são os protagonistas do projeto. Os dois vivem dezenas de personagens a cada episódio e mostram as peculiaridades de cada sexo desde a pré-história até os dias atuais. ?Ganhei livros sobre ciência do Cláudio Manoel, que ajudaram a idealizar o quadro. Ele é membro da sociedade darwinista e quem sabe eu também me associe?, brinca Fernanda, com ar inusitado.

Com seis edições de aproximadamente 10 minutos, Sexo Oposto é escrito por Guel Arraes e Jorge Furtado. A direção é de Maurício Farias, que tem comandado outros quadros de humor do programa, como o Conto ou Não Conto?, que estreou no último dia 16. O diretor do Fantástico, Luiz Nascimento, explica que a partir deste ano a intenção é unir humor e dramaturgia ao noticiário, possibilitando que o público assimile os fatos jornalísticos de uma maneira mais leve. ?Este ano completamos 35 anos no ar e estamos sempre em busca da renovação?, afirma Luiz. Questionado se as investidas na ficção e no humor seriam uma tática para alavancar a audiência oscilante dos últimos meses de 22 a 31 pontos o diretor não titubeia. ?Se temos um elenco de atores de tamanha qualidade na Globo, por que não vamos usar esse trunfo??, assume.

Guel Arraes conta que sempre brigou por isso. Ele integra a equipe do programa há cinco anos e defende que o formato do Fantástico é ideal para apresentar assuntos que instruam e agradem ao mesmo tempo. ?É uma revista eletrônica que permite fazer a mistura entre realidade e ficção. O resultado dessa junção deixa o espectador mais ligado porque desperta a curiosidade?, defende Guel.

Para Evandro Mesquita, que ao longo dos capítulos se transforma em macaco e até em Isaac Newton, o humor é a melhor maneira de deixar qualquer discussão interessante. ?Porque quebra o ar didático e sério?, confirma. Ao resumir a idéia do quadro e sua participação no projeto, o ator revela com bom-humor: ?Essa é mais uma tentativa desesperada de entender as mulheres?, provoca. Fernanda responde à altura. ?E mostra que não adianta a mulher discutir a relação com qualquer homem que seja?, polemiza.

O primeiro episódio mostra que apesar do mundo ter se modernizado, homens e mulheres carregam características da era das cavernas.

A variação hormonal que atinge o sexo feminino e irrita o masculino também é outro assunto que não vai ficar de fora. Em uma das edições, Fernanda e Evandro encarnam Romeu e Julieta para mostrar que o amor seria uma invenção da natureza. Para que o filhote não morra, homem e mulher se juntam com a intenção de protegê-lo e assim dão origem à família.

O diretor Maurício Farias conta que a finalização do material é o que dá mais trabalho à equipe. ?É um quadro com muitos recursos de computação, o que torna o processo mais trabalhoso?, explica. E Fernanda não perde a piada. ?O trabalho de computação mais difícil foi rejuvenescer o Evandro e eu para fazermos Romeu e Julieta?, ironiza a atriz.

Sob a coordenação do roteirista Cláudio Paiva e a direção artística de Guel Arraes, um novo núcleo de humor começa a participar das reuniões de pauta do Fantástico. E deve produzir outros quadros cômicos em 2008. ?Várias pautas são feitas a quatro mãos. O próprio Sexo Oposto tem chance de voltar depois desses seis episódios?, avalia Guel. ?E tem fôlego para isso?, prevê Fernanda, que antes de uma segunda temporada precisaria necessariamente de uma pausa, já que está grávida de oito meses.

Sexo Oposto – estréia hoje no Fantástico.

Voltar ao topo