O enigma de Mel Gibson

Sinais, o longa-metragem que arrecadou mais de 60 milhões de dólares nos Estados Unidos em seu primeiro final de semana de exibição, estréia hoje em centenas de telas brasileiras e também tem o apelo – os misteriosos círculos que aparecem nas plantações – no mercado editorial.

O pano de fundo do filme é o aparecimento do fenômeno dos “círculos ingleses” (que, no caso do filme, aparecem nos Estados Unidos). Há uma ligação entre este fenômeno e o surgimento de estranhos objetos aéreos, além de haver envolvimento da força aérea britânica, no monitoramento e acobertamento de certos projetos envolvendo os “círculos”.

No elenco, o ator Mel Gibson, com produção, roteiro e direção de M. Night Shyamalan, mesmo diretor de O Sexto Sentido e Corpo Fechado. O filme trata de um dos mais interessantes e intrigantes fenômenos da atualidade: os estranhos sinais que surgem todos os anos nas plantações inglesas, próximo a sítios arqueológicos.

Na esteira do lançamento do filme, a editora Mercuryo relança O Enigma dos Círculos, de Ralph Noyes, escrito com a colaboração de pesquisadores, arqueólogos, físicos e engenheiros. A edição original data de 1990 e tem por base a série de descobertas dos círculos em 1980. Essas intrigantes esferas nas roças inglesas ganharam nova notoriedade quando dois sexagenários ingleses afirmaram, para o tablóide inglês Today, a autoria de todos os círculos feitos na Inglaterra, desde 1960. Depois, assustados com a repercussão mundial, começaram a baixar o número (que já estava em dois mil, na época), e acabaram ficando só com os primeiros. Diante das câmaras de tevê, demonstraram sua avançada “técnica”: eles usavam uma enxada.

Os pesquisadores sabem da existência de forjações, mas que não passam de duas dúzias. Esses círculos aparecem no mundo inteiro, praticamente todos os dias, inclusive no Brasil, o que tem aumentado o número de cientistas para estudá-los. O curioso é que não só o número tem aumentado como também sua complexidade. A ponto de o governo inglês, no passado, ter convocado uma reunião dos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente e Defesa. A conclusão foi a de que nem os fenômenos meteorológicos, nem os conhecimentos da ciência atual, e muito menos as “brincadeiras”, explicam tais pictogramas.

Portanto, o que são eles, quem ou o quê os está fazendo, e com que fim? No passado existiram lugares como Nazca e outros, também com estranhos símbolos, porém gravados na pedra. Por que agora aparecem nos campos de colheita? Sem respostas. O livro é uma coletânea de casos organizados por Ralph Noyes, que trabalhou no governo inglês e faleceu em 1998. Sua intenção foi a de lançar alguns pontos fundamentais para compreender o enigma dos círculos misteriosos, com a ajuda de um grande time de profissionais, em suas diversas áreas. Em suas páginas está ainda uma seleção de fotos tiradas por Busty Taylor, de fenômenos de todas as partes do mundo, inclusive das plantações de cereais da Inglaterra, Austrália e Escócia.

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