O código Da Vinci rouba a cena em Cannes

Os dois protagonistas, Tom Hanks e Audrey Tautou, com Dan Brown, autor do livro que originou o filme.

O código Da Vinci abre hoje o 59.º Festival de Cinema de Cannes, onde três cineastas latino-americanos, o argentino Israel Adrián Caetano e os mexicanos Alejandro Gonzáles Iñarritu e Guillermo del Toro, disputarão com os maiores diretores do cinema mundial a Palma de Ouro de melhor filme.

Pedro Almodóvar, Ken Loach, Aki Kaurismaki, Sofia Coppola, Richard Linklater, Nanni Moretti, Nicelo Garcia, Bruno Dumont são alguns dos grandes cineastas com os quais disputam os diretores da América Latina, nunca presentes nesta quantidade na manifestação francesa.

Mas os refletores estão todos apontados para o O código Da Vinci, sobre o diretor Ron Howard e os protagonistas Tom Hanks, Audrey Tautou e Jean Reno.

Também gera expectativas a reação dos ambientes católicos mais intransigentes, que poderiam desencadear manifestações de protesto em toda a Croisette, a avenida costeira na qual estão o palácio do festival e os principais hotéis da cidade. Mas Tom Hanks já avisou, O código Da Vinci, filme tão aguardado, que surgiu do romance de Dan Brown, é apenas um filme para as pessoas se divertirem, não precisa desse stress todo.

Os estúdios de Hollywood querem estar presentes em Cannes e, não importa o que os franceses possam pensar dos produtos culturais de exportação norte-americanos, Cannes anda se mostrando satisfeita em contribuir com o esforço para levar os grandes nomes de Hollywood para seu famoso tapete vermelho.

Hollywood também estará presente em Cannes com o desenho animado Over the hedge, com a voz de Bruce Willis, a aventura X-Men 3: O confronto final, com Halle Berry, e o filme United 93, sobre o 11 de setembro.

O jurado Thierry Frémaux aponta no concurso a geração emergente representada pelos três latino-americanos, mais Coppola, Linklater, Paolo Sorrentino entre outros.

Caetano, Gonzáles Iñarritu e Del Toro já estiveram antes em Cannes, onde os dois mexicanos conquistaram prêmios da Semana da Crítica, mas esta é a primeira vez que subiram à competição oficial.

Caetano com Crónica de una fuga narra a fuga de quatro presos de um presídio clandestino em 1977, Gonzáles Iñarritu em Babel apresenta a história de um tiro que afeta a vida de várias pessoas em quatro cantos do mundo, e Del Toro em El laberinto del fauno, mistura história e fantasia.

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