Outro filme que estréia hoje nos cinemas é Sim, senhor, com Jim Carrey. Alguns podem não gostar dele, mas o fato é que Carrey tem talento para comédia. Por maior que possa ser a relação de amor e ódio entre fãs do cinema com o artista, geralmente suas produções nesse gênero conseguem bons resultados. Foi assim com Débi & Lóide, Ace Ventura, O mentiroso, As aventuras de Dick e Jane, entre outros.
Partindo de uma premissa que Sim, senhor lembra o filme O mentiroso (em que seu personagem só poderia falar a verdade), aqui temos Carl Allen, um cidadão que trabalha em um banco e que costuma dizer “não” aos pedidos de empréstimos.
Tal qual sua vida profissional, Allen diz não para seus amigos, passando os dias de forma solitária assistindo a filmes. A sua vida muda quando resolve participar de uma reunião de autoajuda e passa a dizer “sim” para todas as pessoas, quaisquer sejam as situações.
Baseado no livro do jornalista e produtor britânico Danny Wallace, que disse sim a qualquer proposta que lhe fosse dirigida pelo período de seis meses e posteriormente anotando os resultados, Sim, senhor é a comédia que, embora caia em alguns inevitáveis clichês (a velha história do acredite em si, o mundo conspira a seu favor, etc.), aposta em um humor mais refinado, não precisando fazer graça com flatulências (que têm sido utilizado com frequência nesse gênero).
Jim Carrey tem um timming certo para fazer graça. Sua performance gera bons momentos, como na cena em que ele vai fazer cooper com fotografia e quando vai pilotar uma moto possante, embalada pela música Separate ways, da banda Journey.
Suas gags visuais, quando bem usadas, geram boas cenas no filme, ainda que de vez em quando ele cometa seus exageros (e é aí que seus detratores mais o criticam). Pode não ser o filme mais original do mundo, mas Sim, senhor cumpre bem o objetivo de que vai assisti-lo: dar risadas com um filme descompromissado.