Músico baiano acompanha Stomp em turnê pelo Brasil

Combinando dança, percussão e doses performáticas, o grupo Stomp completa 15 anos de estrada e volta ao Brasil, onde cumpre curtíssima temporada no Credicard Hall, em São Paulo, a partir de hoje. Criada no Reino Unido, a trupe ganhou fama internacional e foi agregando componentes de outras nacionalidades. Da ala dos artistas mais antigos, está o percussionista brasileiro Marivaldo dos Santos, de 37 anos, que mora em Nova York desde 1991 e integra o tour nacional.

“Apesar das novidades, o espetáculo continua com a mesma base. Acho que o forte é justamente esse. Os criadores do Stomp cuidam para que o show não perca essa essência”, acredita o músico. Nascido nas ruas, o grupo e seu estilo inusitado fazem sucesso por onde passam. O que acontece é uma manutenção dessa característica, em que qualquer objeto pode virar um instrumento de percussão e o corpo em movimento, numa peça performática. Desta vez, a trupe exibe novas coreografias, mas com a mesma proposta.

O baiano Marivaldo tinha todos os predicados para ser um dos escolhidos para ingressar na trupe. Em Salvador, onde viveu antes de se mudar para os Estados Unidos, ele cresceu acompanhando os ensaios da escola de samba Diplomata de Amaralina. Seus pais faziam parte da diretoria da agremiação. De tanto ouvir o coração percussivo da escola, aprendeu a tocar instrumentos na infância. E como bom baiano, aprendeu a jogar bem a capoeira.

Enquanto isso, sua irmã virou coreógrafa. Quando ela começou a dar aulas num espaço cultural em Salvador, o percussionista se juntou a ela e ampliou seus conhecimentos rítmicos. E logo depois que ela se mudou para Nova York, lá foi Marivaldo também. “Ela me chamou para trabalhar na companhia dela, contribuindo com a parte musical”, conta ele.

Até que Marivaldo soube de uma audição do Stomp, em 1997. E audição em Nova York é aquilo: 2 mil inscritos, com muita gente talentosa e preparada para horas de competição. O músico pensou em desistir quando soube que precisaria viajar com o grupo. Mas decidiu fazer o teste. “Eu encarei aquilo como se fosse uma diversão. Quando chegou a parte de dança e percussão, eu fiz o que costumo fazer. E coloquei um pouco de capoeira”. Foi selecionado. Depois de ficar dois anos em turnê com o Stomp, Marivaldo foi promovido e incorporado ao casting fixo que se apresenta em Nova York. Agora, viajar, só quando são realizadas as turnês pela América Latina, quando ele tem opção de acompanhar a trupe. As informações são do Jornal da Tarde.

Stomp – De hoje a domingo e dias 24 e 25. 3ª, 4ª e 5ª, 21h30; 6ª, 22h; sáb, 17h e 22h; dom, 16h e 20h. Credicard Hall (Av. das Nações Unidas, 17.955,

Santo Amaro). Tel. (011) 4003-5588. Ingressos: R$ 60 a R$ 200.